terça-feira, 30 de novembro de 2010

MINHA LISTA DAS "MAIS MAIS" DOS ANOS OITENTA TEM NINA HAGEN NO TOPO. COM DOZE GANHEI O VINIL DO MEU TIO. DIVA.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


para meus fantasmas ofereço essa versão estranha de uma das músicas mais lindas de todos os mundos

coquetel molotov

me lancei em todo o álcool do universo prá ver se minha mandíbula parava de doer. Alimentei minha bronquite com cigarros de cereja. Não fumo. Penso bastante como alguém pode gostar de algo que subtrai o sabor e o perfume de tudo. Quero minhas papilas gustativas de volta. Comi. Bebi mais um pouco. Churrascos são grandes encontros antropológicos: trocas de histórias surreais; excessos que salvam trabalhadores oprimidos; flertes; trocas de telefone... Qual é o meu nome mesmo?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

doce de verdade


Posso estar só
Mas, sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah, nem! Ah, não! Ah, nem dá!
Solidão, foge que eu te encontro
Que eu já tenho asa
Isso lá é bom, doce solidão?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

dois guris de 7 mais ou menos, sentados nos degraus da pequena escada de saída do baú arriscando suas curtas vidas felizes. Sorridentes e suicidas numa relação de tapas e socos que meninos fazem com tanto talento e eu só pensava em liberdade (e na possibilidade trágica de um deles soltar a mãozinha do cano de ferro e sair voando para sua desdita). As mães das criaturas não estavam ali e nem um outro cuidador em sã consciência deixaria seu rebento (postiço ou não) dando pinta prá morte. O fato é que fazer o que se quer, ir para onde o coração manda, ouvir as próprias necessidades entre outros luxinhos são as coisas mais deliciosas de todos os tempos, pelo menos , prá mim. Mas...dói. Parece que ser livre de verdade está associado a dizer mais "adeuzes" a deixar tudo ir ao sabor do vento. O tal do desapego. Ando deixando tanto as coisas irem que fica uma impressão triste de que não tenho nada. E é assim,acho de verdade que não temos nada. Consigo viver desse modo, porque se quero ser livre, tenho que deixar o mundo ser livre também.
PS: Hoje terça, não te vi e tenho uma confissão prá fazer. Senti uma saudade dessas que dói os ossos. Então essa música é um presente e um contrasenso. Saudade é apego?!Ah!!! Hoje não vou fingir nada. Hoje vou deixar essa dor ser a dona do pedaço. Mas, só porque eu quero. Só um tiquim. Dane-se.
Achei essa versão muderninha menos dramática que a do Prince. Revela meu momento leve. A letra é engraçada (os pombos).

domingo, 21 de novembro de 2010

parte da minha sombra consiste na minha vaidade. Gosto de ver meu nome escrito aonde doei meu coração, porque não saio de casa sem me doar. Antes, me desculparia por se tão vaidosa ou exigir meu nome onde acredito que ele deva estar. Agora, penso que até prá ser menos vaidosa, preciso reconhecer que sou vaidosa prá caramba.

vaidade
[Do lat. vanitate.]
Substantivo feminino.
1.Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro.
2.Desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens.
3.V. vanglória.
4.Presunção, fatuidade.
5.Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

perfect day

se hoje eu pudesse escolher seria assim: abraço apertado na Alfaia e longas conversas sobre a vida, olhar Isadora brincar, ouvir as histórias de Davi, me encaixar no pescoço da minha mãe, assistir futebol com meu pai, tomar uma taça de vinho com Mãoze e Dani, jogar futebol de botão com Lu e Lê, apertar meu gato mamão até ele me morder, comer churros de chocolate com Brasil, assistir um filme de terror com Camilo, visitar tia Mõnica e constatar que ela está ótima, visitar Lili e Sophia, ouvir tio Cláudio tocar violão, assistir scooby doo,ver o por-do-sol da janela da minha casa, ouvir os conselhos da maravilhosa Lúcia Mécun, tomar um café com Mari Pi e bailarina Punk... A ordem pode variar porque todos são mega importantes na minha vida...Dormir, dormir, dormir e dormir. Ao invés disso vou colar 40 pares de orelhas de lebre maluca e me embebedar enquanto a cola quente esquenta. Pãtaquep...

domingo, 14 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

batatinha quando nasce

quero ler poesia em voz alta, daquelas que entram sem esforço. As que o Quintana diz que salvam um afogado. Quero me embargar de água sem lamúria, só prá ver se a dureza que se instaurou é passageira. Só prá testar esse bem estar desconfortável. Estou desconfiada de mim.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

hypokrités

hoje , terça, não fui, então não deu prá te ver escondido, fingindo que não me vê. Também finjo que não te vejo, finjo que não me abalo, finjo que não finjo. Tanto fingimento assim dá até dor de cabeça. Aí me assusto com tanto talento prá me enganar, logo eu, que sou muito meia boca para enganar os outros.

domingo, 7 de novembro de 2010

ainda odeio espinafre

pés, mãos, cabelos...tudo grudando de cola branca. Feliz. Cansada. But,tenho que fazer o que tenho que fazer. Ouvindo Led Zeppelin. E eu nunca gostei dessa banda. Odeio o cabelo do Robert Plant. Revendo meus "pre-conceitos" baseados em intolerâncias levianas (ou não). Já como coco ralado sem associar com sabão em barra, já escondo o brócolis no meio do feijão. Sou capaz de comer uma pratada de sarapatel. Ouvir Linkin Park e não ficar com asia. Falta me apaixonar por alguém que fume e use mullet e ouvir Janis Joplin sem ficar penalizada. Quanto ao Caetano, ainda acho um saco, mas,pelo andar da carruagem, ano que vem vou ser sua maior fã.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

dia de cão

samba doido! Cabeçadas na parede. Me perguntando muito se certos excessos são necessários...eu que sou hiperbolicamente barroca. O mundo está só começando! Vou tomar um polivitamínico e respirar fundo prá não dar na cara de ninguém...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

inimigo imaginário

toda vez que me comparo com o outro, me perco de mim. Daí, um desespero grita como uma sirene ininterrupta: VOCÊ ESTÁ PERDENDO ALGO. A OPORTUNIDADE DA SUA VIDA. E isso é território do outro. A minha identidade fica anêmica. Meu caminho fica embaçado. Nego a minha trajetória. Tudo que escolhi prá mim é colocado em xeque, porque olhei para o lado e supus por alguns instantes que minha vida está atrasada ou obsoleta em COMPARAÇÃO a vida de alguém. Não há o que temer quando o próprio inimigo é aquele que te espreita no espelho ao acordar. O "outro" sou eu, mesmo.