domingo, 26 de fevereiro de 2012

a quem interessar possa

quero adiantar que desde criança gosto do pão francês cortado em cubos e com manteiga saindo pelos cantos. Ela deve estar bem derretida para que eu possa meter os dedos na boca enquanto minha mãe não está olhando. Gosto também do efeito branco tinta dos desodorantes aerosóis quando vou aplicá-los em dias quentes. Adoro quando eles mancham minhas roupas pretas. Não sei jogar xadrez e nunca quis aprender porque sempre entendi que esse era o jogo de exclusividade do meu irmão, o qual ele utilizava para ter ascensão em sua adolescência difícil. Às vezes gosto de admirar meu defeito adquirido pela Síndrome de Graves (um olho maior que o outro) e acreditar que ele é um prêmio por eu ter sobrevivido a uma séria doença. Quando não quero ser vista, caminho pela W3 e respiro com força o ar contaminado dessa doce Brasília cheia de carros sem motoristas. Também gosto da sensação de passar a mão pelos cabelos e constatar que não estou careca apesar do fogo que não para de arder. Me sinto muito mais elogiada quando me chamam de estranha ou esquisita do que quando me chamam de bela. Enfim, falaria sobre mim mais um pouco, contudo, cada vez com menos entusiasmo. Finalizo com as seguintes frases: não sou boa em sedução.E nunca quis ser musa de ninguém. Mas, arraso no sumiço. Tem gente que me chama de " Mestre dos Magos".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

gypsy

quando eu tinha 15 anos e ia mal em Física, meu pai, tentando participar, depois de muitos anos de presença regulada, me alertou'' você vai ficar igual ao seu pai! Virar uma cigana sem rumo! Se não estudar Física você vai terminar viajando de 4 em 4 anos, mudando de lugar, igual nós temos que fazer sempre...você quer isso Simone?!'' e eu respondi sem dúvidas ''Eu quero!'' e ele começou a rir desconcertado. Eu acho que ele não se lembra disso...eu acho que ele não se lembra de muita coisa. É melhor esquecer mesmo. É uma dádiva esquecer...
Só lembrei porque hoje girei com meu vestido estrelado e percebi a beleza desse momento. A eternidade em um mísero segundo. Enquanto eu dançava e o vestido virava um balão. O cachorro e a criança me olhando de rabo de olho... e eu girando cigana...
Pai, somos ciganos... Somos ciganos e está tudo bem...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

eu adoro Letuce...lindo




Seresta Quentinha
Letuce

Eu descobri que eu não tenho mais problemas
Eu os invento
Lá onde eu moro
Mas eu também desenrolo

Eu percebi que disfarçar pode ser uma boa
Um sorrisinho me vale tanto
Assim me deixam no meu canto


Cínica, tu pode até pensar
Mas não é nada disso não
I'm not getting any younger
Meu suor vale medalha
Cada dia que passa eu me vejo mais biruta

Um tiquinho biruta, eu me vejo

Eu decidi que agora eu não só digo sim
Tô declinando quando eu quero
Na nossa cama, fico de lero-lero

Apaixo, que nada
Apaixo, que nada

Eu tô amando
Eu tô quietinha
Eu tô contigo
Fico quentinha

Um tiquinho bonita eu me vejo

sábado, 11 de fevereiro de 2012

for fun

eu gosto de listas, dicas, bizús, receitas e lembretes. Eu gosto de fadas madrinhas, tutores, anjos, protetores de todos os tipos e cozinheiros. Não sou nada disso, no entanto não me farei de rogada!
Aqui vão duas dicas de cenas incríveis de dois filmes que nem são tão bons assim, mas, estão entre os meus prediletos:

Repo men de 2010. Alice Braga e Judd Law em uma cena deliciosamente dolorosa. TODOS ficam excitados... NINGUÉM fica ok depois dessa cena. Melhor ainda se você assiste o filme todo. E Jamie Lee Curtis no Halloween H2O -2009, a heroína mas cool de todos os tempos roubando o corpo do irmão que nem uma doida e arrancando a cabeça do psicopata, zumbie, imortal da porra numa machadada histórica para assegurar que esse puto não vai voltar no halloween do ano que vem. Ele deve ressuscitar umas 1000 vezes. E o tema do filme é deslumbrante. Então, lá vai:





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

canela de cachorro

tá fácil ir embora...nunca pensei! Com proposta, sem proposta...tá fácil. E com pouca coisa. Uma mochila e botas de chuva.Só! Tô com bicho carpinteiro... Tem vento batendo na minha porta! Essa janela aberta prô infinito. Eu nem penso que não tenho idade...eu nem penso...Minha cigana quer o pé na estrada.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

o dia em que aprendi a equilibrar um prato


meus pais nunca incentivaram o circo, pois sempre acreditaram que lá eles torturavam os animais. A minha mãe dizia que o leão era desnutrido e podia comer a plateia a qualquer momento e que o elefante sambava numa frigideira gigante e quente para aprender a saltitar. Então, cresci curtindo palhaço de cinema, mais precisamente: It, o palhaço assassino mais incrível de todos os tempos (acho que é do gênio Stephen King). E o Bozo, claro.
Não foi por isso que deixaram de me apresentar grandes palhaçoscomediantes da tv e do cine, tais como Grande Otelo, Dercy Gonçalves, Mazaropi, Trapalhões,Peter Sellers, Monty Python, Chaplin, Buster Keaton e Jerry Lewis. Eu tenho bode até do famoso circo canadense que não usa bichinho e tira onda de cult. Acho bem cafona. Mas, eu sei que tem circos pequenos, e fofos também e que não usam animais além da matéria humana.
Minha percepção mudou, quando fui gravar o curta ''O cidadão comum'' de Themis Lobato e acabei ajudando um pouco na produção porque ela é uma grande amiga. Fomos parar num circo. Uma graça de circo. E na meia hora de descanso que tive, aprendi a equilibrar um pratinho de plástico laranja numa vareta longa de madeira. Ahhhhh Quando ele girou pela primeira vez, dei um suspiro e entendi um pouco essa mágica que não vivi na infância...
Uma das minhas metas agora, é comprar meu conjunto de pratinhos e vareta e treinar até conseguir equilibrar vários pratos.