quinta-feira, 28 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rodolfo Valentino

você não se cansa? Fico me perguntando se todas essas suas velhas estratégias não te causam exaustão. Eu já estaria estafada de tanto tentar seduzir e chamar a atenção de tudo que se move.Mas, como você sabe, sou VELHA. Pouca tolerância prá certos abusos, porque SIM, creio realmente que tentar manipular os desejos e os olhares de outrem estando comprometido é abusar da boa fé alheia, mas, OK, vindo de você é apenas mais um agravante da conduta torta a qual você denomina liberdade. Tanto faz. Não participo mais do seu jogo. A gente pode arrodear a pedra, pular a pedra, desviar o olhar da pedra e simplesmente continuar.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Alegreza

Querido Miguel, você não entende ainda, mas hoje, senti tanta saudade que doeu...fiquei pensando nos seus pezinhos leitosos com cheiro de sabonete, seu cabelinho fininho amarêlho, essa mistura engraçada de vermelho com amarelo e esses olhões de alemão... Me deu uma alegreza, mistura de alegria com tristeza... não fica velho Miguel... Fica assim só mais um pouquinho, prá me reconhecer, prá não me perder entre as suas novas descobertas... me guarda no seu prato de mingau.

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

eu podia estar matando, eu podia estar roubando, eu podia estar mentindo, mas eu prefiro ser sincera

suas flores chegaram. Grata. Entendi o que vc quer de mim mas, não sou mais a mulher "virtude" que se enrosca com um homem só.

domingo, 17 de junho de 2012

música do dia

Happy Pills Norah Jones/ Trying to pick up the pace, Trying to make it so I never see your face again. Time to throw this away, Want to make sure that You never waste my time again. How does it feel? Oh how does it feel to be you right now dear? You broke this apart, So pick up your piece and go away from here. Please just let me go now. Please just let me go. Would you please just let me go now? Please just let me go. Out of my, get you out of my, Get you out of, God, Get you out of my head. Get Out. Gotta get you out of my, Gotta get you out of, God, Gotta get you out of my head. Get Out. Never said we'd be friends, Trying to keep myself away from you, 'Cause you're bad, bad news. With you gone, I'm alive, Makes me feel like I took happy pills, And time stands still. How does it feel? Oh how does it feel to be the one shut out? You broke all the rules. I won't be a fool for you no more my dear http://www.vagalume.com.br/norah-jones/happy-pills-traducao.html#ixzz1y3dNscGI

sábado, 16 de junho de 2012

espelho

caminho como quem precisa. Como quem necessita continuar "apesar de". Contudo o "apesar de" não significa abrir concessões. Não mais. Fui permissiva. Condescendente até o talo. Ao ponto de aceitar me relacionar e amar alguém em quem eu não confiava uma gota. Confiança é premissa. Às vezes se é obrigado a trabalhar com gente que não se confia e aí, paciência. Mas é diferente. Muito diferente. Tem um momento que a gente tem de abandonar essa velha infância e mergulhar fundo na vida adulta. E não tem a ver com idade não. Tem a ver com escolhas, com vibração do que a gente realmente deseja. Creio que sim...sem muita certeza. Sou uma cega tateando esse breu com lampejos de luz que é a minha vida. Cada vez mais luz, o que me ajuda a enxergar bastante aquilo que me incomoda nos outros e tenho fortemente em mim. Se vi é porque também tenho...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

bônus grátis

quero registrar aqui, antes que eu suma de vez, que sou muito grata a esse amor que ganho todos os dias exercendo minha segunda profissão...não existe salário que pague a alegria de vê-los desabrochando e eu ficando cada vez mais desnecessária em suas vidas...sempre serei grata...sempre. Vê-los no palco, sendo felizes...enchendo o mundo de luz... Rain drops on roses, whiskers on kittens, bright copper kettles, warm woolen mittens, brown paper packages tied up with strings, these are a few of my favorite things. Cream colored ponies, crisp apple strudels, doorbells and sleigh-bells, schnitzel with noodles, wild geese that fly with the moon on their wings, these are a few of my favorite things. When the dog bites, when the bee stings, when I'm feeling sad, I simply remember my favorite things And then I don't feel... Silver white winters that melt into springs, these are a few of my favorite things...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Música do dia

"...Fujo da dor, a razão me conduz. Eu preciso de um ponto de luz. Para ser o meu sol, ser meu marte, meu dia. Eu só queria livrar-me do mal. Dar o salto entre o laço e o anzol. Dar a cara a tapa e sorrir. Retomar o que não conclui. Quem se esconde não sabe seu fim. O horizonte começa em mim..."

terça-feira, 12 de junho de 2012

Advice

"...amor não é doença, doença não é amor. (amor ≠ tumor)" Clara Averbuck

segunda-feira, 11 de junho de 2012

música do dia

empty

"Nunca encontrei uma pessoa oca. Nunca encontrei uma vida sem significado quando se procura realmente o seu significado. É esse o perigo de dizer que não procuramos, porque foi assim que chegamos ao ponto em que sentimos que a vida não tinha qualquer significado. Bem, veja, nós repudiamos tantas formas de terapia. Quer dizer, tantos de nós repudiam atualmente a filosofia, a religião ou qualquer outro padrão que nos mantinha coesos anteriormente. Repudiamos tudo. Até repudiamos a terapia da arte. Por isso não nos restou realmente mais que olhar para dentro, e os que o fazem descobrem que toda a vida tem significado porque a vida tem significado. Fomos seriamente prejudicados por pessoas que disseram que a vida era irracional e de qualquer modo não significava nada. Mas, assim que começamos a olhar, descobrimos o padrão e descobrimos a pessoa. Nunca encontrei aquilo a que se poderia chamar uma pessoa totalmente oca." Anais Nin, em "Fala Uma Mulher"

sábado, 9 de junho de 2012

Morfeu

eu, segurando meu corpo caído, meio morto e meio vivo, como a Pietá. Me olhava e me achava bela. Com a pele boa. Em punho, o delineador. Fiz riscos precisos em um rosto já maquiado. Bem maquiado. Logo após, peguei a pá e comecei a cavar fundo a terra fofa. Fiquei sem saber se me enterrei ou não.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Suzana

nos 40 minutos esperando o ônibus para o meu quarto trabalho: o de "Atriz" e o qual só chego atrasada a contra-gosto, fiquei pensando que odeio ser comparada com o "malandro" com máscara de bonzinho que chega sempre atrasado ou não vai, e quase nunca deixa as questões às claras porque assim o quer e ainda tem um defensor fervoroso, o que, por conseguinte, me emputece e me faz pensar como as pessoas não sabem a diferença entre arcar com suas responsabilidades e dar o truque prá se dar bem se vitimizando. Não costumo enganar as pessoas. Chego na hora que digo que vou chegar. Mas, paciência, o desrespeito tornou-se lícito e ordinário e colocar todo mundo no mesmo saco, também. O fato é que hoje, só hoje, gostei de não chegar na hora.Foi por conta desse atraso que conheci uma mulher phodona em tempos de muita melancolia, pouco assunto e pouca fé no ser humano. Suzana, 46 anos, vinda da Bahia para cuidar da prima moribunda e louca, internada no HUB. Franca, seca, sorridente e cheia de fé no inefável. Assim mostrou-se Suzana. E a lua barriguda ao fundo, brilhando por nada. Só porque quer. Suzana é nome da bíblia, ela me explicou. O dela e das outras quatro irmãs. Suas quatro filhas também mantém a tradição. Rebeca, Bruna, Nicole e Samanta. Ela jurou que eram nomes bíblicos. Não questionei. Essa bíblia é mesmo uma cartola de mágico, pensei. Ela tem mais outros quatro filhos que estão no mundo, lutando para talvez buscá-la se caso "vencerem". Todos resultaram de 3 casamentos, sendo que o último foi o que ela amou e disse ter sido amada. Ele abandonou Suzana grávida alegando que não suportava mais a pobreza. Ela disse que ele não teve coragem de avisá-la ao vivo então deixou uma cartinha. Isso é amor. Os outros foram embora, segundo ela pelo mesmo motivo. Não aguentaram a pobreza extrema. Mas, ela ficou. Porque as mulheres sempre ficam. Seu pai morreu. Ela gostava dele então não quis contar detalhes. Não gosta de lembrar. De sua prima louca, contou que ela gostava de comer terra, lambia a poeira fina, esmagava paredes, roía tijolos. Disse que o rosto dela, antes, belo e enfeitado com olhos azuis estava todo carcomido pela doença e lembrava o filme do Frankstein. Ela tem medo desse filme. Disse que a morte da mulher é certa e que o governo ia ter que enterrá-la pois ela não tem condições. Se fosse uma filha, aí sim, ela faria o impossível. Achou que eu tivesse 18 anos e que eu merecia um homem de verdade que me desse um filho. Eu sorri e disse que tinha 36. Ela disse que eu era linda e desejou que eu me apaixonasse por um homem muito lindo que fosse louco por mim. Nos despedimos no ônibus cheias de amor e amizade. Saí chorando como quem se despede de alguém da própria família.