segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

embolar

embaraçada como um novelo de lã solto na sacola da tricoteira. Intensamente embaralhada. Mas, tem que ir baby... Tem que ir adiante.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

bondage II

sinto um misto de prazer com dor nesses tempos de vida intensa. As carnes envolta dos ossos se fazem presentes e me lembram frangos desossados. É delicioso andar e sentir as pernas pesadas, bêbadas e angustiadas. E como se já não bastasse, a escarifição ao lado do ombro consome-se em chamas. Eu quero mais. Muito mais...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

pandora

Esse barraco aqui guarda tudo quanto é bobagem bagagem. E outras tralhas que ocupam a minha cabeça hiperativa. O bom é que cada dia eu penso uma coisa que já não concorda mais com janeiro de 2010. O fato é que esse lugarzinho aqui, escrito prá ninguém, feito para eu ouvir minha alma que na época tinha o tamanho de um grão de arroz, serviu prá me ajudar a ressuscitar. Meu coração esmigalhado se esforçava para caminhar até o trabalho, se esforçava para levantar um garfo, se esforçava para continuar com dignidade enquanto eu escrevia.
Fiz declarações de amor desbragadas. Wando invejou-se. Meu ex amor não ouviu. Ignorou. Viveu. Que bom. Agradeço. Sem ele, pude crescer e descobrir que eu não sei amar. Suspeito de uma cura tão intensa quanto a minha vontade de escrever sobre qualquer coisa que não seja um coração partido.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

interromper-se

morrer é como quando a gente dorme e não sonha. Eu não gosto de morrer, mas, eu sei que devo. Às vezes é bom.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Isadora: nascida de mim mesma, não procedo de ninguém

eu sou uma dessas pessoas que se arrepende. E hoje, num bode amarrado na perna, nessa segunda longa, digo que essa tristeza xexeu é porque perdi os parabéns da Isa. Só fiquei assim quando Luisa chorou porque não podia me levar na rodoviária. Ficamos só dois dias juntas e a pequena tem um gênio colérico. Igualzinho ao meu. Letícia me deu tchau, mas, queria que eu ficasse até o dia do aniversário dela e faltava tão pouco... também me senti assim no meio das férias quando meu irmão me pediu prá ir visitá-lo e ele estava sozinho e a gente ia ficar nós dois na casa dele. E ele disse que tinha muita saudade de mim. E ele nunca diz isso.. e eu estava jogada na esbórnia e na luxúria de Búzios sem juízo nenhum. Eu me arrependo de não ter ficado com ele. Mas não me arrependo da safadeza.
Então, esse momento é de dor pelas coisas que eu devia ter feito e não fiz. Pelas merdas necessárias para eu ser quem eu sou. E por todas as merdas desnecessárias que eu escolhi sem pensar. Brinde com um balde de café sem açucar. Porque eu já estou virando a Valentina e isso está me dando nos nervos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

música do dia


Feito prá acabar
José Miguel Wisnik


Quem me diz da estrada que não cabe onde termina
Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração?
Quantas são as dores e as alegrias de uma vida
Jogadas na explosão de tantas vidas
Vezes tudo que não cabe no querer?
Vai saber se olhando bem no rosto do impossível
O véu, o vento, o alvo, o invisível
Se desvenda o que nos une ainda sim
A gente é feito pra acabar
A gente é feito pra dizer que sim
A gente é feito pra caber no mar
E isso nunca vai ter fim.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"ponto por onde se passa para atingir outro mais distante"

ando sem preguiça de abrir as portas. Uma após a outra, uma dentro da outra. Sem chave, com chave, marreta, no murro mesmo. Eu abro. Mas, só porque a indolência deu um tempo. E aí as surpresas me trazem um viço, um verdor de grama novinha... é bom, é leve. Ahhh...não há o que falar sobre a felicidade. Ela é muda.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

hoje, a minha língua é um conta-gotas seco de dar dó.