sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

o fim está próximo

a dica é se entregar minha gente! E eu tenho bode do povo que cria jargão e fica repetindo prá todo cristão que aparece: "Um beijo na sua alegria", "viva a transformação" etc e etc.
A porra da frase faz sentido prô cidadão que tá vivendo ela no momento. É que nem religião, é que nem roupa de baixo, não dá prá emprestar. É do outro. Pertence ao outro. É de quem vive a experiência. Então galere "entregue-se"! Pode acreditar aí no que você acredita e repetir seus mantras, suas frases de efeito, seus parachoques de caminhão que eu tô suspeitando que o lance é se entregar, com uma fé de criança, com a esperança de um adolescente apaixonado e o otimismo do Oscar Niemeyr!

Entregue-se
Tiê
Eu me entrego pros dias de sol
Pra camisas de banda e até pra chocolates
Ou filmes de romance esquecidos na estante
Pros perfumes que deixam boas lembranças
Pras risadas que me tiram todo o ar
Às cores vibrantes do seu tênis
Que caminham em minha direção
Caminho devagar, se o tempo for bom
Não pense muito
No fim, tudo se adapta
Se alguém te deixou cego
Não questione, simplesmente vá
Se o errado pra mim for o certo
Eu não me importo
Se o errado pra mim for o certo
Eu não me importo, eu me entrego
Eu me entrego à sua bagunça na minha sala
A um bom livro antes de dormir
Ao hoje, ao agora e ao talvez…
Ao compromisso de realizar meus sonhos
Desapego até dos meus esconderijos, aos berros
Deixe a deixa aberta, aperte um sorriso
Num mundo colorido pra que viver apenas uma cor?
À música estrondosa, à casa vazia
Chão gelado e silêncio interior
Às bocas vermelhas, às meias de lurex
Às unhas compridas, tudo junto, só se for
Se o errado pra mim for o certo
Eu não me importo
Se o errado pra mim for o certo
Eu não me importo, eu me entrego
Eu me entrego apenas quando souber
Que o que iremos passar vai ter valido uma canção
Meia hora a mais na cama na segunda-feira
Um dia chuvoso bem embaixo do edredom
Ao colo de quem me aceita assim
A tudo que puder antes que a cortina feche
Até de malas prontas, me arrisco a compor
De um jeito que ninguém sabe
Sem sonhar com os pés no chão
Entregue-se àquilo que te faz sentir (3x)
Entregue-se àquilo que te faz

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

l.o.v.e

Enquanto eu comia uma manga Bourbon no pé, rara e de doçura simples percebi que não tem como você acreditar que te tiraram algo que sempre foi seu... somos feitos de amor Jurema... ninguém arranca nosso coração a fórceps... a gente entrega porque está sobrando... o amor é tão grande, de fonte inesgotável que a gente não tem como gastá-lo todo... o amor é cada célula... a entranha toda.E eu achando que neguinho tinha levado tudo Jurema...chupado os ossinhos com gosto. Deixando só um oco que por muito tempo eu tentei rechear com álcool e outros Phármacos...que bobagem Jurema! Que bobagem...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

música do dia



"No me hables más, no insistas más, no me puedo concentrar.
Si no te vas, voy a pensar que me querés encontrar."

domingo, 11 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Meu amigo Nietzsche"


morena à jato para o curta metragem com o título desse post( Tô ruiva novamente porque descobri que meu DNA é vermelho fogo)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

``Gerson``està morto

não concordo com a gratificação por ser honesto, educado ou correto. Acredito que agir assim faz parte da obrigação de cada um. Acho um absurdo agradecer porque o outro foi sincero. Sei que nos dias de hoje, ser ètico è uma anacronia, mas, não me acostumo com a ideia de que, se està tudo uma bandalha tenho que agir seguindo essa mesma onda para me dar bem, porque todos fazem, porque nada vai mudar, ou por qualquer outra bobagem. Trata-se da minha relação comigo mesma. Gosto de saber que fiz o que minha consciência me pediu e não o que os meus instintos imploraram.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

0,124 g

invejo as pessoas cheias de certezas. E não estou falando de estar seguro. Ando me sentindo bem segura com minhas escolhas. Sou movida pelo coração. Conselho de minha mãe(gèlida como as louras do Hitchcock) que ironicamente sempre diz pra eu seguir o coração(suspeito veementemente que ela confunde coração com intuição, nesse caso, ela tambèm diria que tanto faz.)
Contudo, estar segura, não significa que eu não esteja penalizada diante de uma possibilidade fadada ao fracasso. Queria me encantar como quando eu era inocente. Mas essa vida não foi feita para os inocentes. Talvez o olhar distante deva prevalecer diante da fantasia. Fico apreensiva disso ser sinônimo de amargura. Não me considero amarga, mas, de um jeito estranho não consigo me deslumbrar mais com as pessoas. Talvez porque eu ande pensando que elas são em sua maioria tão pouco corajosas e amar se arriscar em novos territòrios parece ter haver com ações grandiosas. Ações, não palavras.
PS: Excluo desse relato meus grandes amigos, que me causam profunda admiração justamente por seus atos grandiosos.Saudade

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sem tìtulo

hà muito tempo eu não ganhava flores e hoje ganhei um bouquet. Inesperado como todo o resto que se segue, porque tambèm faz um tempo razoàvel que não espero nada de ninguèm (a não ser de mim mesma). Não sei que tipo de flores são essas, mas, me interessam. Vou pesquisar. Sò quero dizer que as pessoas morrem e que o futuro è âncora dos covardes. Não tenho mais medo alèm do normal. Nada que me impeça de continuar errando com essa vontade besta de acertar.

sábado, 19 de novembro de 2011

xadrez

você chegarà vestido como deve ser (hoje em dia è uma arte coordenar a roupa com a ocasião) e eu como sempre, não estarei à espera de nada. Vai ser mais um leve tropeço e daì vou ter a certeza que se tem quando não se sabe exatamente nada.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

bobices

hoje foi dia da saudade anodoar tudo...encardir meu coração. Esse pobre diabo que, de quando em quando esquece o tal do passado em detalhes e jura que tudo nele foi bom...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

emigração interna

escrever...è um sono mais profundo do que a morte...Assim como ninguèm puxaria um cadàver de sua tumba, eu não posso ser arrancado de minha mesa durante a noite
Franz Kafka

sábado, 12 de novembro de 2011

baratas e ratos são amigos, não comida

o gesto de rejeição que sempre me encontra não significou `` Eu não te amo `` mas antes ``você não pode me amar tanto como gostaria de fazer``, você está tristemente amando seu amor por mim, e no entanto seu amor por mim não ama você, portanto, não é certo dizer:eu conheci as palavras `` Eu te amo``; tudo que conheci foi o silêncio expectante que deveria ter sido quebrado por mim ao dizer ``Eu te amo``...

Franz Kafka

sábado, 29 de outubro de 2011

Cheers

celebro também os dias estranhos. Aqueles que aparentemente não fazem sentido. Cansaço faz isso. Dói tudo. A impressão é que todo o resto do corpo comprime o coração. Faz ele querer sair num vômito. Faz ele querer correr prá longe, louco...
Passará.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

meu nome não é SÔNIA e você é um CAFÔNIA

tem um cidadão que só me chama de Sônia e me cumprimenta na maior boa vontade. Hoje, não foi diferente. Mas, meu nome não é Sônia porra. Então, olho com uma cara de antipática que também não é a minha e penso que nós dois criamos "Sônia, a mau humorada do 202", uma personagem resultado do pouco caso do boy em lembrar meu nome e da minha conivência abarrotada de preguiça. Assim, caminha essa terça com cara de eterna segunda.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

castelos de areia

dizem que meu avô italiano era um cavalheiro. Antes da pobreza quase extrema, ele usava linho da cabeça aos pés, chapéu e belos sapatos. Professor, era culto, ouvia vinis das grandes cantoras do rádio e interessava-se por medicina natural, tendo uma coleção de livros sobre o assunto. Era excelente cozinheiro e bom bebedor. Gostava de jogo e apaixonava-se por prostitutas (tendo, inclusive se casado com uma delas)assim como transitava com facilidade pelo submundo. Um bon vivant que foi a bancarrota por esse mesmo motivo. Não sei o que de fato é verdade, as histórias chegam sempre envoltas por uma áura fantasiosa e nostálgica e eu ando meio de bode com o passado. Acredito que o presente é rei e o que passou serve um pouco para explicar quem eu sou.
Ok, a primeira parte dessa história parece muito com... COMIGO mesma. Não tenho relação íntima com as prostitutas, mas elas são minhas vizinhas e eu me sinto mais segura ao lado delas do que ao lado dos rapazes.
Eu que busco cavalheirismo nos boys atuais sou a perfeita cavalheira. Gostaria muito de encontrar modelos assim em versões atuais.E masculinas. Pessoas que não fizessem parte do meu círculo familiar, obviamente. Mas, tá puxado.
Esses dias, um cara que conheço, artista, começou a investir mais pesado numa aproximação. Eu estava até curtindo qdo de repente ele perguntou se eu não topava ser a CACHORRA dele. Perguntei o que vinha a ser isso, talvez gíria nova para RAINHA. Mas, era o que é: uma mulher disponível para sexo casual a qualquer hora. Eu respondi: "Ah! Entendi! Vc quer o que todos os homens (casados, ou não) querem: uma mulher ali, a disposição para sexo sem compromisso! Ok!Tchau! Boa Tarde!" Veja, o problema não é o sexo casual e sim essa falta de cuidado para conseguí-lo. Essa sedução low calorie. Até os pavões se esforçam para atrair suas parceiras.
Julgar-se a melhor opção para uma mulher é o cúmulo da falta de deferência e autocrítica. Gostaria mesmo de ver o "tamanho" dessa promessa irrecusável. Aff

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

blueblueleta

dia, não adianta vc querer dar prá trás hj. Estou disposta a tudo prá que vc seja o melhor de todos. Já escolhi meu vestido de flanela preferido, meu tênis de chuva e meu batom vermelho. Já me benzi com alfazema e saquei meu cartão estourado para o café mais perfeito da America Latina. Eu vou olhar o céu "cinzentim", respirar fundo e agradecer porque eu tenho fé em algo que eu não sei o nome e esse algo me diz que absolutamente tudo está dando certo. Meu nome não é " Polyana Moça". Eu simplesmente acredito.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Thraupis sayaca

na velocidade que deve seguir, a vida dança e aponta novos lugares. Lugares cada vez menos especiais, menos vips. Então, mais arisca, talvez mais inteligente, visito o solo com frequência, em busca de alimentos. Agrido meus predadores. Mas, também sou gregária. Só ando em bando quando realmente vale a pena. Que bom que amar não depende de ninguém. Só do tamanho das asas...só do tamanho das asas.

domingo, 9 de outubro de 2011

Salva - Vidas




sempre perco um dos pares dos meus brincos. É uma dessas manifestações tão certeiras da vida tal como a morte. E sempre fico frustrada, com a sensação péssima de incapacidade, mesmo sabendo que tarrachas foram feitas para manter o consumo de brincos em alta na bolsa de valores das futilidades. Fico (ridiculamente) pensando no brinco perdido jogado no mundo sem função. Tive essa mesma sensação esses dias no ônibus de volta prá casa quando me deparei com um menino de uns 8 ou 9 anos, descalço, sujo,tatuado por cicatrizes.Um boneco imóvel com olhar injetado. Na minha cretinice, senti vontade de levá-lo comigo. Juntaria minha vontade de ser mãe com o desamparo em sua exuberância. E fui mais longe querendo arrecadar tudo que é coisa e gente abandonada numa fantasia romântica de que erradicaria esse mal do meu mundo. Nada mais de objetos e gente perdida sem lugar nem colo. Ah...às vezes eu sou tão boboca.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

WANTED

olha, eu ando sentindo pouca vontade de dar satisfação para o mundo sobre os meus atos. Às vezes sumo. FATO. A última vítima foi meu pai, que muito magoado pediu uma chave da minha casa para me visitar qdo quisesse porque eu não tenho tempo prá ele, porque demoro a ligar, porque sou esquisita. Então deixo aqui minhas mais sinceras desculpas e meu desejo também sincero de que eu mude nesse aspecto.

domingo, 2 de outubro de 2011

"peixes, pássaros, pessoas"

toda vez que eu abria minha geladeira ela gritava. Vazia feito estômago de modelo de passarela. Sem mais, tive que passear no mercado. Preços altos. Lotação esgotada nas poucas filas. Tédio. Daí, tive um insight sem cabimento (ou apenas me vi exercitando o método de associação livre do Freud. Nada de novo.) Bobo mesmo: coisas lembram pessoas. São prá isso que elas servem. Prá guardar pessoas. (Além de servirem para os objetivos óbvios tais como alimentar)

Coisas do mercado. Porque eu estava lá. Foi o ócio obrigatório da fila que me levou mais longe: a pasta com sementes de mostarda lembrava os beijos e lambidas de gato de alguém que eu amo muito. Deu uma saudade boa. Sem dor. Daí paguei a conta pensando que essa pessoa pode distribuir os mesmos beijos e lambidas para o mundo inteiro, porque eu quero mesmo que ela seja feliz.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"deus mora nos detalhes"


Luisa, Alemão e Papai ...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

diga 36

não faz muito tempo que eu disse em alto e bom som que se eu tivesse um filho o nome ia ser Miguel. Meu sobrinho nasceu e de Antônio passou para o nome do arcanjo guerreiro. Aí, peguei ele no colo e vi aqueles dedinhos e dobrinhas. Awn. Fofura. Me apaixonei. Aqueles pezinhos micro. Os chorinhos com a boquinha tremendo. Completamente apaixonada. Quase roubei. De repente, meu irmão e minha cunhada me disseram que eu ia ser a madrinha do menino. O melhor presente de aniversário de todos. O Miguel agora é um pouco meu. Daí desisti de roubar.


dormiu no meu colo com a mãozinha agarrada na minha camiseta. Uma hora e meia olhando prá ele e conferindo os detalhes

domingo, 18 de setembro de 2011

música do dia: prá dizer adeus aos velhos tempos que não me fazem falta

acho tão bonito essa mania do adolescente de achar que sabe tudo. Isso de acreditar que existem exceções de forma tão convicta que todos passam a acreditar também. Acho bonito. Antes, eu tinha que me esforçar prá lembrar como eu era com pouca idade, mas, a convivência com os jovenzinhos me força a memória e logo me vem uma menina tímida, escondida atrás de cabelos de fada e o sonho de morar encima de uma montanha, numa árvore bem alta, sozinha. Alguns professores me julgavam deprimida, mas, eu em minha "sabedoria" juvenil, tinha clareza que aquilo era apenas o que era: expressão do meu desejo de ser livre. Bem, esse relato de lembrança só me veio, porque pensei na urgência com que os púberes amam e na sofreguidão que eu também exalava em tenra idade. Acho bonito. E percebi que amadurecer é perder isso também. Esse desespero. Hoje, acordei e tive esse insight: nem mil dias à passeio em Buenos Aires ao som de tango de raiz me trarão essa sensação de não poder viver sem o amor de alguém. A menos que eu esteja bêbada e eu PAREI DE BEBER POR TEMPO INDETERMINADO E ESTOU GOSTANDO DISSO. Algo se transformou de maneira radical. Não há mais exceções. Consigo ir adiante e: fim. Sim. Com a idade, o fim não é mais um cataclisma. É só o fim. E dos fins temos começos. A partir de agora quero amar de um modo condizente com a minha idade: 36.





The Only Exception

When I was younger I saw
My daddy cry and curse at the wind
He broke his own heart and
I watched as he tried to reassemble it
And my momma swore that she would
Never let herself forget
And that was the day that
I promisedI'd never sing of love if it does not exist
But darling...

You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception

Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I had sworn to myself
That I'm content with loneliness,
Because none of it was ever worth the risk

Well you are the only exception
Well you are the only exception
Well you are the only exception
Well you are the only exception

I've got a tight grip on reality,
But I can't let go of what's front of me here
I know you're leaving in the morning, when you wake up,
Leave me with some kind of proof it's not a dream

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Placebo

queria mesmo um remedinho que imitasse o estado físico da paixão: brilho no olho e o frio no fundo do estômago, vindo com aquela respiraçãozinha dolorida no externo. Ando sentindo isso em sonho, mas, na vida “real” tudo vai plácido e muito bom. Não estou acostumada com felicidade sem por que. Sem motivo contundente. Decidi ser feliz e agora fico meio sem saber como lidar com essa escolha. Durante um tempo razoável desses quase 36, fui tão acostumada com bem estar justificado que não aprendi o oposto ... Definitivamente, esse é um tipo adorável de problema.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

gasparzinho

três dias que sonho com a mesma situação: sou beijada com urgência por um cara o qual não consigo ver o rosto. Sinto as mãos, o corpo, a boca, mas, nada de ver o rosto. Doida prá saber quem é esse fulano safado. Tô me apaixonando por um fantasma?!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

sobre meninas e delicadezas

saindo do ônibus na parada da rodoviária,deixei uma mulher passar na minha frente. E fiz isso porque nenhum homem teve a gentileza. Então, quando chegou a minha vez, deixei ela ir, fazendo um gesto de "vá em frente" com as mãos e olhando diretamente nos olhos, assim como eu espero que os cavalheiros o façam. Em vão, é bom que fique claro. Daí, levei um susto quando ela chegou perto de mim e disse "Oi! Tá indo prá onde?". Respondi com uma cara de interrogação e ela continuou convicta "tô precisando de companhia. Você está sozinha?" E eu "olha, eu estou sozinha sim. Mas, quero continuar ". "Ah. Meu nome é Cláudia, e o seu?" "Simone". "Simone, me dá um conselho?". "Claro". "Eu conheci uma garota e quero ir prá casa dela. Ela me convidou, sabe...". "Sei". "Mas, tenho dois filhos..." "Eles estão sozinhos?". "Não! Deixei eles com a minha mãe". "Ah, tá! Então liga prá sua mãe e diz que vai visitar uma amiga". "Mas, vou assim? Só com a roupa do corpo?!". "Ué? Qual é o problema? Ela é mulher. Qualquer coisa, ela te empresta" "Valeu! Vou fazer isso agora!" "Boa sorte Cláudia". Boa sorte.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

epifania = ipêfania



reparei que quando o vento setembrino bate de leve nos ipês, as flores caem em câmera lenta. Agora é assim: quando vejo que vai acontecer eu corro prá debaixo da árvore e ando devagarzinho na esperança de que uma delas fique presa no meu cabelo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Camarada


quando eu era criança, minha mãe queria que eu e meu irmão fôssemos grandes amigos, ou, no mínimo, amigos. Mas, definitivamente, isso não ocorria. Hoje, diferente de tudo que passou, porque TUDO passa vida "bôwa", somos GRANDES amigos. Ele me dá conselhos incríveis e faz elogios que eu jamais pensei em receber dele algum dia.
Nosso amor é maior que o sangue e isso me conforta em doses cavalares. Essa semana, sentí saudade do Mãoze. De estar ao lado dele, na maior parte das vezes em silêncio, porque é assim que ele gosta. Acabei entendendo depois de muito tempo, o que de fato, significam essas pausas. Acabei, inclusive, adotando alguns silêncios em sua homenagem. E o amor salutar é assim tão bonito, que quer fazer interseções, quer agregar, somar sem preconceito. Quer encontros. Segunda, hoje, quero um café em sua companhia. Forte do jeito que gostamos. Sem álcool, sem lentes, sem fantasia. Só o que nossos olhos e corpos possam perceber. Nada mais, nada menos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

em Londres tudo ficou bom de repente: Miguel veio sem fazer alarde, trazendo a certeza de que a vida sempre se instaura soberana. Feito lei.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

eu quero a consciência dessa felicidade "grega" que a Márcia Tiburi explica tão bonitinho

"a felicidade filósófica é a felicidade da eudaimonia, que desde os gregos significa a ideia da vida justa em que a interioridade individual e as necessidades da vida exterior entrariam em harmonia. Felicidade era o nome dado ao sentido da pensante existência humana. Estado natural do pensamento reflexivo, ela seria o oposto da alienação em relação a si mesmo, ao outro, à história e à natureza"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

música do dia




"I'm happy, I'm feeling glad
I got sunshine, in a bag"


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

cowboy

quero uma dose de confort para amaciar minha tristeza e afofar o coração. Decantar a dureza desses dias de desgosto agosto

terça-feira, 2 de agosto de 2011

invisibilidade

às vezes gostaria de extraviar-me como um objeto perdido, descansando em um lugar sem endereço

domingo, 31 de julho de 2011

deixando prá trás tudo que eu não consigo mais carregar. Qualquer tipo de peso morto




Vanessa da Mata / Lokua Kanza

Não fale mais
Leve o que é seu e só

Que o sol já vem
E com ele outro dia

Se descobrir
Vá crescer
Entender e saber
O que quer, quem você quer.
Não me faça mais chorar
Como se eu fosse nada
Para o ego do meu bem
Quantas você tem
Quantas você faz sofrer
Seduzindo o mundo
Quantas ficam ao seu bel-prazer

Cresça
Me deixe em paz
Mesmo que eu sofra mais
Agora tudo é seu
Amanhã serei bem mais feliz


Se descobrir
Vá crescer
Entender e saber
O que quer, quem você quer.
Não me faça mais chorar
Como se eu fosse nada
Para o ego do meu bem
Quantas você tem
Quantas você faz sofrer
Seduzindo o mundo
Quantas ficam ao seu bel-prazer

Preciso ser mais forte
Para não voltar atrás
Aliviando o desespero
Para adiar o sofrimento

Cresça
Me deixe em paz
Mesmo que doa mais
Agora tudo é seu
Amanhã serei bem mais feliz

sexta-feira, 29 de julho de 2011

carta aberta para me consolar

querido, não sei quais os motivos o fizeram atentar contra a própria vida. Quem sou eu para julgar. Mas, meu peito não parou de doer desde que soube dessa sua escolha. Espero que eu consiga ficar em silêncio ao seu lado, como todos aqueles que me amam ficaram um dia. Não existiu dia mais triste que hoje. O sol no caminho até o trabalho não tocou a minha pele. Nenhuma nuvem moveu-se desde então. Que eu tenha forças para segurar sua mão sem me liquefazer.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

kafka

há uma hora atrás tinha uma mosca na parede. Sólida e imponente feito um broche antigo. Bastou começar o jogo e a pobre mudou de lugar umas dez vezes. O que me fez repensar se vou continuar flamenguista. Esse pessoal é muito deselegante. E antes que me julguem ecologista ou budista, gostaria de deixar claro que me identifiquei com a mosca. Só isso. Podia ser uma barata, mas, era uma mosca.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

validade vencida

não sabia que tinha um calcâneo até ele doer. As coisas acontecem assim. Às vezes num suspiro do outro você percebe que ainda dói, mas, é tarde demais. Segundo relatos, minha vó sentia essa dor já no fim de sua vida. O que me leva a crer que, das duas uma: ou meu fim está próximo, ou sou bem adiantada prá minha idade.
Minha prolixidade me fez lembrar de 5 conselhos que ela me deu dentre outros tantos:
1° nunca corra atrás de um homem, mesmo amando loucamente;
2°se o homem gosta de vc, ele se manisfestará das profundezas do inferno;
3°linho é o tecido mais adequado aos trópicos brasileiros;
4° até prá morrer é necessário elegância e discrição;
5°é melhor ser "charmant" do que ser linda.
Saudade de Maria Altair Holanda, a mulher mais chic que conheci...mesmo sofrendo de dores homéricas em seu calcâneo ela sorria e dizia que era um
excelente motivo para usar salto alto.


Esse retrato naturalmente não é de hj. Em homenagem a vovó serei discreta quanto a minha dor. Então resolvi colocar um retrato do carnaval passado. Cara de frevo que eu amo tanto. Pra inspirar meu calcâneo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"conduzo tua lisa mão
por uma escada espiral
e no alto da torre exibo-te o varal
onde balança ao léu
minh'alma"
Chico Buarque de Holanda na canção Sonhos Sonhos São

mais um retrato em branco e preto cheio de pose e nenhum soneto. Achei boa.

segunda-feira, 18 de julho de 2011



Nas semicoisas das coisas
Outras versões da verdade
Do outro lado do espelho
Outro dobro metade
Semicoisas
Partícula do universo
Clara tua sombra no escuro
Poesia é o in-verso
Saudade de um ex-futuro
Semicoisas
Momento eternidade
Nada que contém de um tudo
Uma multiplicidade
De origens do mundo

palavras com N

às vezes a verdade pode ser apenas um pequeno episódio sobre o NADA. Ou reconhecer algo difícil pode ser só parte de um processo. Então, que bom que tive coragem de dizer... não importa como. O que acho mais bonito é que na minha pequena frase tem um subtexto que me alicerça: sei quem você foi e tudo aquilo que você NÃO me disse, mas, você NUNCA saberá quem sou eu. Não pelos outros. Não por mim. Não permitirei. Entretanto,tudo que fiz, vc ficou sabendo. Por mim mesma. Mas, de vc...as informações chegam todos os dias, aos soluços,sem esforço, sem eu perguntar e são todas aquelas tão NEGADAS. Na minha inocência vc era meu amigo. Ao invés disso, passei por desequilibrada. Caro, perdoar não é sofrer amnésia.
Esqueço de dizer nessa msg, que tenho pena de vc. Tenho pena de tudo que vc não tem. Porque vc não tem muita coisa que considero essencial...dá prá ver a privação de sentimentos, cuidados...é evidente a carência de tudo. Essa vontade perene de atenção e amor que venha de todas as direções... Tenho pena. Seja feliz

domingo, 17 de julho de 2011

hoje eu acordei com vontade de calar o mundo. Calar com um beijo. Um daqueles beijos que fazem a gente morrer, sair do corpo e voltar só prá se entregar...inteiro.

sábado, 16 de julho de 2011

" Eu escolho um homem que não duvide de minha coragem, que não me acredite inocente, que tenha a coragem de me tratar como uma mulher. "
Anais Nin

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rock na cara

nesse dia do rock qualquer escatologia vale, qualquer atitude equivalente a uma cusparada combina. Hoje, eu daria aquela escarrada em gente que só trata bem quem estiver na crista da onda, sendo o sucessinho do momento. Gente que acha que prestígio se vende, se compra, se rouba, se empresta. Gentinha que é tão pobrinha de si mesma que cola em outras prá raspar um pouquinho do brilho. Gente que só te acha interessante quando ouviu outras pessoas falarem bem de você. Prá essas pessoas meus mais profundos e sinceros catarros!

terça-feira, 12 de julho de 2011

reza

que todo esse amor que arranha por dentro afete homeopaticamente o meu caminho

segunda-feira, 11 de julho de 2011

amnésia

A primeira vez que eu me preparei para perder um amor, antes de tudo acabar de fato, foi quando ele comia sua última refeição. Carne de panela, acho... Não me lembro ao certo porque me dói e talvez porque isso me cause repulsa a carne de panela. E a minha mãe faz uma inacreditável.
O último gosto de sua boca era aquele, misturado com sangue. Ele sangrava por dentro e o sangue apodrecia tão rápido que exalava por toda a cozinha. Eu chorava e apertava sua mão tão forte, mas, ele nem ligava. Comia e ria.
Eu não aproveitei meus últimos minutos com ele porque só o imaginava estirado em um caixão. Já tinha matado ele há muito tempo. Para facilitar. Era prático sofrer por antecipação. Agora vem você. Ando me preparando insistentemente para te perder. É um trabalho sem fim. Porque nada no meu corpo entende isso. E já faz um tempo razoável. Essa despedida que vem em ondas cansa tanto...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Plim

ontem, olhando pela minha janela e fumando um cigarro devagar percebi que sou boa demais prá você

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Anais Nin

"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança.
Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar.
Chorei porque daqui em diante chorarei menos.
Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela."

segunda-feira, 4 de julho de 2011

vou tatuar a palavra alegria na aorta e lembrar que a festa é de graça e que eu gosto de dançar até amanhecer. Se não tiver ninguém, eu danço só, olhando prá dentro e lá não fico sozinha nunca

5 e algo e muita coisa por fazer... muito para abandonar... reeducação emocional.Então, saber que nada foi sério me mata um pouco. Tanta mentira...tanta inércia... O que fica é a noção de que sou capaz de amar tragicamente. Ou era. Não há uma só célula que não tenha seguido o coração. Sou obstinada ou estúpida? Era. Porque hoje eu quero assinar um desses documentos lavrados em cartório que me eximam de qualquer resquício desse sentimento nocivo. Quero ter algo concreto que me alforrie. Mudar os gostos, acabar com esse sabor de sangue parado, velho. Aqui, o fim não é começo de nada. É o fim mesmo. Ponto final

sábado, 2 de julho de 2011

é isso

Três
Marina Lima
Composição: Marina Lima/Antonio Cicero
Um
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você meu sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você
Tudo se complicou

Dois
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer naufragar

Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem bem
Não há lugar pra calúnias
Mas por que não nos reinventar?

Três
Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar

quarta-feira, 29 de junho de 2011

mais uma coisa para vomitar

- hang loose com as duas mãos e um "e aí bróder"? (jatos de vômito verde)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

5 coisas prá vomitar:

- pessoas que me chamam de "bróder" e NÃO são minhas amigas;
- gente que olha por cima de mim porque está vendo algo mais interessante do outro lado;
- cheiro de cigarro molhado;
- bofe que acha que eu sempre farei parte do harém eterno dele só porque ficou algumas vezes comigo e caí na bobeira de amar esse infeliz um dia;
- gente que fica anos sem me ver e acha que me conhece em detalhes.

domingo, 26 de junho de 2011

Tenho que aprender a jogar a toalha quando a luta não valer um vaporzinho de suor. Silenciar o irremediável.

sábado, 25 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

ambição

vida, sei que num piscar de olhos, isso aqui já foi e talvez, nem valha a pena ficar furiosa, mas, não me acostumo com o previsível. Com o suficiente. É uma gana de ir além. Uma vontade de ser melhor. De ultrapassar...fartura que transborda. Acho tudo tão pouco...

sábado, 18 de junho de 2011

apaixonada por Chapéus

pouco me importa se vivo como artista ou não. Sou semideusa ou burocrata? ZZZzzzzZZZZzz Prá mim tudo está ligado a postura. Viver e se posicionar. A vida é muito mais importante que a arte prá mim. Ela sim está ligada a algo sobrenatural. Me encanta saber que existiu Claude Monet, mas, me encanta mais ainda saber que o que o fazia pintar eram as cores das flores e das árvores refletidas na água enquanto a luz do sol brilhava.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

felis catus

eu gosto de saber que consigo. Não importa o que. Escovar os dentes, amarrar o sapato, fazer o café, sorrir ao espelho enquanto penso na calça que vou usar. Queria ser mais diligente com essas escolhas de roupa,cabelo... Talvez ser mais feminina, menos guerreira urbana... Só que quem nasceu prá Atenas nunca chega a Afrodite. E parafraseando Hamlet "eu não consigo parecer, eu só sei ser". No entanto, por esses dias, escovando os dentes, me senti gotejar junto com os restos de espuma. Fui pelo cano...escorrendo pelas veias do mundo...me esvaindo...ah, tem dias que não quero conseguir nada. Tem dias que quero me estirar como um gato entediado fingindo que a vida é ordinária.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hoje eu acordei assim

"Buscarei, pois, a mim mesma, desde meu ser escuro no ventre materno até a mulher que retorna hoje da casa avoenga, sentindo-se livre de qualquer peso...Sei agora, que nenhuma relação é eterna, porque tudo o que é vivo parte. Os vivos partem, os mortos partem, fica o saldo. Tudo é só. Entrego-me aos limites da minha solidão purgada, salgada (provo minhas próprias lágrimas) e, redimida, abro a janela, gesto meu antigo..."

O Inventário das Cinzas
Rachel Jardim

domingo, 12 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011


quando a realidade resolve ficar, um coração de pelúcia torna-se apenas depósito de ácaro. Cartinhas de amor tornam-se conversa de adolescente com tempo ocioso, promessas: pura falácia e flores: foco de dengue.
Mas, num desses 5 segundos de bobeira, com o distanciamento frio de quem não acredita muito, quis desejar um outro tipo de amor para as pessoas que fazem parte da minha vida.
Trata-se daquilo que eu desejaria prá mim se eu ainda acreditasse.
Algo onde ambos possam usufruir um do outro, onde haja comprometimento e vontade, sexo humano e não de semideuses, deferência e respeito entre ambos,admiração mútua, coragem de ir além das crises. Uma relação real que aceita inclusive o tédio com todas as chatonices e defeitos que o outro carregar. Chega de idealizações. Que todos tenham a sorte de encontrar um parceiro no crime que tope a trabalheira que é se relacionar, sem sair correndo no primeiro perrengue e que não deixe o outro inseguro só porque está se sentindo assim.
Amigos/as, quero tanto que vocês sejam felizes!! Sozinhos, ou não! Sozinhos ou não...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

pulsar

5 crianças, janelas abertas, papéis brancos e tintas estilhaçando ao sol. O laranja sujou minha mão de forma incisiva. Senti queimar as pontas dos dedos. Lavei 50 pincéis usados jogados na pia branca. Tentativas de obras de arte. As pontas salpicadas de tinta seca lembravam o sangue coagulado das feridas diárias. Tentativas de obras de arte. Fiz força prá apagar os vestígios. Quis que fossem. Pois que sigam seu curso e tomem conta de tudo que é eternamente perecível.

terça-feira, 31 de maio de 2011

pétala

sem sufocamentos conssentidos...nada mais de dependências construídas... A minha liberdade é de ventania.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

bússula

3° dia de remédios homeopáticos e eu estou prá ficar louca...estranha, calada, sombria... desnorteada. Tentando decifrar o mundo secreto das interrupções temporárias...

terça-feira, 24 de maio de 2011

consulta médica + poesia = cura

categórico: pulmão doente é tristeza. Aurum metallicum. Penso: Ouro? Ah...

Preciso de ouro correndo em minhas veias... O sol pulsando junto ao coração. 10 gotas 4 vezes ao dia.

sábado, 21 de maio de 2011

Para meu mais novo amigo

querido, gostaria de caprichar no texto, mas, você é que é o escritor do momento, não me atrevo. Esse lugar aqui é um caderninho virtual de pequenas memórias, descrições e tentativas por uma vida menos qualquer nota, não tem maiores ambições, então vou me permitir poucas palavras prá dizer que te desejar coisas boas é o mínimo, quero tudo de bom que seu coração permitir!
PS: só prá lembrar que me alegra muito dividir uma irmã com vc.
Beijos e arrasaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Arthur Tadeu Curado

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Charles Mingus

desconfio que seja assim amigo: uma noite agradável ao lado da cozinha, uma boa companhia, vinis com cheiro de infância, cafés e quitutes prá morrer comendo. E a trilha mudando a toda hora, acompanhando a torrente...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

mute

ela conversa com capas de revistas, inventa diálogos para transeuntes em silêncio, tenta adivinhar o que pensam os pássaros e acha qualquer palavra dita uma profanação. Ela sabe que,no fim das contas, o silêncio é o mais eloqüente...

sábado, 14 de maio de 2011

Então, venha

é. As experiências são intransferíveis e assim, ninguém pode alcançar o seu dia além de você. A cada minuto, me surpreendo com minhas reações e comportamentos diante das atribulações diárias, me sentindo, na mesma proporção, mais segura em minha própria companhia. Em uma semana troquei sozinha a resistência do meu chuveiro, ouvi estarrecida e silenciosamente o relato de um aluno que, ao que tudo indica vive no inferno. Limpei tranquilamente o sangue em jorros de uma das minhas alunas do ensino fundamental depois de um acidente bobo em minha sala. Disse não a uma situação que normalmente eu aceitaria na hora. Mantive o controle, mas, SIM, me abati. Porém, sinto que a tristeza tem essa dinâmica natural, tem que ser vivida pra passar. E depois que passa você fica com cancha, fica mais pronto pro que vier.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

10 coisas de que eu não me esqueço para matar esse tédio que mata a poesia de Quase tudo...

1 - meu avô nordestino colhendo pitangas docinhas do topo e descendo em minha direção como um guindaste. Eu então com 4 anos;
2 - meu gato Mamão filhote se jogando no chão para ficar na nossa casa, (minha mãe não queria ele lá);
3 - meu primeiro beijo atracada com Marcelo Brito aos 12, vestida de Like a Virgin e all star branco todo furadinho;
4 - meus desenhos de flores presos no armário da minha mãe até hoje;
5 - os redemoinhos de terra nas férias em Taguá;
6 - o baú de gibis que eu colecionava com o meu irmão;
7 - o sabor da comida da minha tia Lena;
8 - o cheiro da minha mãe;
9 - meu tio Ciro brincando de tomar chazinho comigo (nosso conjunto de chá era azul claro com bolinhas ásperas);
10 - a primeira vez que peguei Luisa no colo.

domingo, 8 de maio de 2011

yeah

Pause. Hoje foi lindo. E qdo é lindo a gente quer que pare pra durar mais tempo. Bem Perto do Fim ficando redondo, redondo... Let's have fun!Semana que vem tem mais!!!!!!!!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

qualquer lugar onde se possa ser feliz

como é bom quando o céu entra na gente, em cada pedacinho da gente... esse mar de astronauta azulzim dando sopa prá quem quiser. Grátis! Tomara que hoje, todas as pessoas que eu amo fiquem tomadas de céu...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

embate dos que lutam

eu queria muito acreditar na paz como o ponto de mutação. Mas, não me lembro de ter crescido ou modificado a minha vida numa situação de sossego profundo. Ao invés disso tive tédio. Tudo que me tira do prumo, me dá uma leve impressão de avanço... será?!

domingo, 1 de maio de 2011

Vintage?!

O mundo gira tão depressa quanto as ideias afundam em mim. 30 milhões de ideias. Boas e ruins. Eu classifico tudo. Facilito a minha vida em prateleiras que eu ainda não comprei. Armários e gavetas. Sim. Empilho livros em ordem de amor eterno. O mundo continua, gira em ilusões, cores estouradas, casamentos de duquesas, bombas na Líbia, mensagens ignoradas, amores falidos, vinganças premeditadas, mortes injustas e uma solidão sem fim. Assisto tudo como uma plateia deslocada, que não entende quase nada do que vê. Daí, quero correr tão rápido quanto as minhas ideias... prá longe, bem longe...Porque fico achando que não sou daqui. Não combino com esse mundo. Sem dúvida: obsoleta, arcaica e mofada.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

já pode fugir???

1- vc atravessa a faixa de pedestres balançando os braços como um mosquito doido e o único carro que pára grita prá vc passar logo porque ele tem mais o que fazer;
2 - vc está gostando de alguém que diz que tudo era brincadeira, nada era sério e ainda diz prá vc relaxar;
3 - vc tenta cadastrar sua conta da ceb no débito automático e o banco cadastra em outra conta que não é a sua e vc está ciente que os desdobramentos serão chatíssimos;
4 - vc abre o chuveiro super querendo um banho digno depois de um dia difícil e ... queima a resistência;
5 - tudo isso no mesmo dia.
Então vc agradece o fato de não estar em Fukishyma e acende uma vela para a Líbia.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

imagem+ação

a gente tem que parar com essas conversas... estou tendo sonhos absolutamente incríveis e suspeitos... e a trilha sonora é tão boa...a gente tem que parar com isso Groove boy...

terça-feira, 26 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bem perto do Fim (ou o começo de algo muito bom)

hoje, dois dias para "Bem perto"... aqui, uma imensa gratidão por partilhar um espaço de ideias e trocas absolutamente ricas. Apaixonada por Arthur Tadeu Curado e suas provocações. Seu texto lindo... O fim é sempre o começo. A chance do começo. Estar com os outros só é bom quando podemos ter a ousadia de ser o que somos e aceitar de peito aberto tudo o que vem junto com isso. Muito grata. Amor e merda prá nós.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

o tempo da colheita

eu sempre me apaixonei nos outonos. Esse vento enviesado que gela as laterais bagunça tudo dentro de mim. Já nos invernos, o amor se instaurava bobo e "eterno". Essa época do ano é a minha predileta. Não pelo coração, mas, pelo ar estranho, prenúncio de algo muito bom...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Errata

você gosta de mulheres flutuantes à deriva, lambendo seus pés. Não tenho o perfil. Sou um trator. Peço licença, mas, continuo um trator. Não há espaço prá você na minha lista de afazeres múltiplos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

alma italiana

8 chicletes de uma vez. Panelas de brigadeiro. Macarronada... Excessos me acolhem. Me ocupam a cabeça e o corpo. Dão conta do meu desejo pouco adestrado. Saudade de subterfúgios. A sobriedade é severa. Bélica. Mi-li-tar. Ela entedia. E é além de tudo, perigosa, porque a frugalidade é fascista, acredita piamente que seu caminho é o mais saudável, tornando todos ao redor, desregrados e inconseqüentes ao mínimo excesso de qualquer coisa. O parco é um chato por natureza. Inibe o farto... Conclusão?! Vou encher a pança de água.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

coisas que me tiram do sério 4

quando o bofe vê minha calcinha e diz animado "são as cores do meu time, baby". Ai... macheza.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

zona do crepúsculo

hoje não dá prá querer nada. Não dá prá fazer nada. É dia da tristeza quietinha. Eu quero mergulhar no meu edredon burguês e sonhar com o absoluto NADA.

terça-feira, 5 de abril de 2011

mnemosine

talvez meu coração tenha empedrado. Acho que é isso. Dos 15 aos 35 muita diferença, sim. Nada mais pesa. Pesará a morte de meus pais e a do meu gato. Só?! Talvez, só isso. Pensando em quantos não amarei e com quantas bocas embaçarei amores antigos até ficarem confusos e atrofiados. Porque tem amor de infância, amor de 12 anos de idade e até amor de 18... Cuidado, que a velhice chega, cada vez mais íntima e logo faz confundir todos os nomes para não morrer de tédio.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

sincero II

atracada com você nessa Brasília sem lei, cheia de fugitivos da Papuda...você é o meu proibidão do funk bunitoh...

quinta-feira, 31 de março de 2011

empatia

experimentei hoje a sensação bizarra de ser tratada como um cão sarnento, zero à esquerda. Pobre cão. Nunca fui tão desrespeitada. Choque com a capacidade de descontrole e possessão que algumas pessoas se permitem chegar. O mais engraçado foi ter sido coagida a desculpar um comportamento ao qual eu mal podia entender, o que dirá perdoar. Existem pessoas piores que isso. Fato. Existem pessoas melhores que isso. Fato. E a vida continua. Ok.

quarta-feira, 30 de março de 2011

coisas que me tiram do sério 3

homem tostado de sol e mar

terça-feira, 29 de março de 2011

coisas que me tiram do sério 2

aquele triângulo isósceles perfeito, situado ao centro do peito masculino, o chamado esterno. Eu poderia morrer deitada em um esterno de um peitoral trabalhado.

segunda-feira, 28 de março de 2011

apêndice

coisas que me tiram do sério 1: homem forte com tatuagem de Santo Antônio nas costas e cara de presidiário que roubou shampoo. Quero prá mim.

saudade do João gato cor de geladeira

domingo, 27 de março de 2011

rima pobre


engolindo tudo, com a gana de ser outra a cada rato de segundo.
gata você vai entender...adorei...com você nunca sei onde vou terminar o dia! LOVYOU

quarta-feira, 23 de março de 2011

23 de Março chegou meu amor!

poucas mulheres me encantam de maneira sobrenatural a ponto de me deixarem pensando dias e rindo sozinha. Bem poucas... Alfaia é uma delas. Bem poucas mulheres me entendem também. Mas, a vida me deu uma irmã que as vezes parece saber o que eu sinto só de ouvir o meu silêncio. Ela pinta um mundo que eu nunca vi e que quero fazer parte, e seu olhar é tão generoso que cabe muita gente. Obviamente, só quem é "fino e muito legal". Eu desejo prá ela mais elegância ainda, cheia de poesia e sutileza igualzinha a que ela escreve e mais intensidade também. Igualzinha a que ela vive. Enfim, Saúde e Sucesso em brindes intermináveis com champa da melhor qualidade!

terça-feira, 22 de março de 2011

dica

guarda essa saudade prá você e me deixa no meu canto. Essas mensagens, você manda prá tua terapeuta. Resolve lá com ela teus desassossegos. Não vem me tirar do meu caminho não. E pára de me chamar pelo apelido. Aceita que eu não sou mais sua. Casa com aquela moça de bunda grande. Mulata isoneira. Tenha mil filhos e me esqueça.

domingo, 20 de março de 2011

poíesis - ação de fazer algo

na tentativa de abrandar essa ressaca de eu ter me feito mal, descasquei uma laranja devagarinho, olhando pela janela nesse dia indeciso: sol esmaecido e nuvens chumbo. Mordi a fruta como quem quer um afago, um beijo. Sorvi cada gota como sendo o amor que não me dei. Lá fora um cara de 20 e poucos anos empina uma pipa solitário e me faz querer abraçá-lo quando sorri ao ver o papagaio flutuar na imensidão. Prá ser feliz, basta alargar bem os olhos e não ter medo do coração?

quinta-feira, 17 de março de 2011


andando devagar, com o coração cheio de pressa nessa W3 que me recebe como se fosse durar uma vida inteira...
essa radiação reflete aqui no meu peito. Constrói uma urgência fútil e alienada. Continuo em direção aos sonhos ou saio por aí beijando loucamente os transeuntes? Misturando antinflamatório com purgante, formol, perfume e anilina. Xarope e benflogim?! Fastio.
As crianças perguntam se está tudo bem. E eu mudo de assunto respondendo que não é hora de perguntar. Tudo tem a sua hora... Tudo tem a sua hora? Enquanto isso, meu irmão gesta seu 3° filho. Talvez Antônio, talvez Francisco... Ah...queria poder dizer que o mundo é seu querido...mas, o mundo não é nosso. É terra de ninguém.

sábado, 12 de março de 2011

Tairone

quando eu era criança assistia filmes de faroeste e lutas de boxe com meu pai. Duas coisas que ainda nutro uma afetividade enorme. Os filmes de faroeste revejo sempre e o boxe faz parte dos meus treinamentos físicos preferidos. Obviamente, minhas luvas são kids devido as mãos pequenas. Meu codinome é gafanhota... Sendo assim, qual não foi a minha tristeza em descobrir que hoje, o país perdeu um jovem de 16 anos que era uma das grandes promessas do boxe brasileiro, porque um louco racista e invejoso julgou que ele não era digno de ser um vencedor conhecido pelo mundo. Ahhhh....Amor....Falta amor...Muito amor para todos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

banzo

vi agora a onda negra e viscosa lambendo as sobras do país ilha. Cinematograficamente realista.Como quase tudo hoje em dia. Triste de doer. O mundo engolindo tudo, cuspindo a gente. Somos os próximos dinossauros sem dúvida. Cada vez mais bem perto do fim

quinta-feira, 10 de março de 2011

bazuca

depois de ler uma mensagem cínica às 12:56 eu fritei e quis matar um. Vou trabalhar com a cabeça nos meus sonhos porque não desperdiço mais meu tempo fora daqui: 5 minutinhos da minha vida, um sono da porra e uma musiquinha prá eu aguentar o trampo hoje. Let's be rich.

quarta-feira, 9 de março de 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

Glamour

hoje eu tô me achando linda! Hoje eu tô me achando FODA!! Porque a gente é capaz de fazer 5 coisas ao mesmo tempo e ainda ficar deusas divas altivas. A gente é capaz de levar um fora e ainda ficar com a pele lancôme. Somos fenix bunitahs... Beijo para as amigas!!!!!