terça-feira, 21 de dezembro de 2010

eu não sou Bukowski

Com a cara cheia, fiz uma lista de 10 coisas que nunca faremos. A intenção é desapaixonamento de choque. A realidade dando um jab e um direto prá ver se desencanto e me lanço de vez nas mãos da luxúria. A verdade é que ando tímida com a safadeza...Prá minha surpresa, nunca foi tão fácil fazer uma lista. Só falta meu coração, esse acéfalo, dar-se conta dos fatos. Queria ter essa facilidade prá fazer listas de mercado.
1. Nunca passearemos com nosso filho (sempre julgamos que ele seria lindo, tipo os filhos da Brangelina. Nós sempre fomos pretensiosos);
2. Nunca teremos Paris;
3. Nunca comeremos risoto de pato ao molho de laranja;
4. Nunca tomaremos um doce;
5. Nunca passearemos com nosso cachorro basset, vulgo salsicha;
6. Nunca andaremos nus numa praia do sul;
7. Nunca escreveremos listas de coisas que faremos juntos;
8. Nunca nos beijaremos até o amanhecer;
9. Nunca faremos uma receita de família na nossa cozinha;
10. Nunca faremos uma performance multimídia pseudo pós-moderna dramática que fale de assuntos triviais usando a loucurinha dos hippies.

Acho que podia fazer umas mil dessas. São úteis prá tomar conta das últimas lembranças que me restam. Mentira. Não servem prá nada além de aplacar a minha ira. A porra da bebida faz o superego adormecer e de repente estamos mandando sms de amor prá qualquer um. Agora, quando estou assim, mando mensagens prô meu irmão. Ele deve achar que eu estou a beira do alcoolismo abismo.
Luxo, meu/minha caro/a e única/o leitor/a, é poder perder tempo nessa vida falando de um cadáver em estado de putrefação. Tears!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

boca roxa

sonhei com os cigarros sabor cereja que ficam à direita da atendente na padaria da 14. São minha kriptonita juntamente com as coxinhas de frango. 1 de cada significam morte lenta e dolorosa.Pena. Mas eu tenho minha cocaína da semana: gorgonzola com taças transbordantes de Casillero del Diablo (caixa do diabo?!haha).
Não há explicação. Talvez comemorando as não palavras. Os não beijos e os não encontros necessários prá eu cair sem proteção, de cara no muro de chapisco. O real sem floreio. Sem "o gato subiu no telhado", sem carinho na cabeça. Sem photoshop. Me dou um tapa na cara. Acordo sem ressaca. Café na veia. Eu fico bonita com a cara inchada e olheiras. Mantra repetido a exaustão até eu acreditar de fato.Photoshop agora seria bom. O amor já não dá conta de mim. Quero entender porque uma agulhada me excita assusta muito mais. Bondage?!

domingo, 12 de dezembro de 2010

ir

Sim. Não há cortes abissais que não cicratrizem. Lentos ou não, lentos ou não. Com sal, álcool, vinagre. Tanto faz. Lentos, ou não. Enquanto isso vamos adiante nos chocando como carros em velocidade acima da permitida. Carros que pegaram o mesmo trajeto. Na batida fica um pouco do outro. Fica um pouco de si no outro. A tinta arranha. Colisões são assim. Então, anda. Pega a bolsa com os documentos pessoais e o casaco de frio. É chegada a hora de ir. Olhar prá trás é ver as luzes se apagando, ver o passado em fumaça, indo também. Lembranças confusas traem o coração: fantasias e a pergunta “será que aconteceu?”. Dia 22. Estarei lá. Sim.

sábado, 11 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ACORDEICOMVONTADEDELATIRNÃOESTOUFALANDODEUIVARROSNARTAMBÉMSERIABOM

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

as terças nunca serão as mesmas novamente

12:30 eu estava ao telefone, chorando que nem bebê segurando meu coração esmagado numa mão e sem nenhuma dignidade prá segurar na outra. Minha mãe do outro lado, tentava ser mãe à distância com a sua dureza peculiar. E eu dizia de um jeito imbecil "Terça é um dia ridículo!".Ela ouviu tudo, como sempre faz, sem emitir opinião, (como sempre faz)...até que soltou: "essa pessoa não merece exercer tanto poder na sua vida, coitado! Reza prá ele! Acende vela prô anjo dele! Que pena desse idiota..." E eu explicando que tinha muito ódio prá fazer isso. E ela dizia "é, é muito amor, sim...Difícil amar a pessoa errada Simone"... (Nessa hora lembrei do Cazuza, meu noivo de infância que se auto-intitulava "viciado em amar errado") "De vício eu tô fora! nem café eu quero mais!" E ela: "sabe, eu estava conversando com seu pai e disse prá ele, a Simone é a mulher que eu não fui e sempre quis ser. Esse ano foi dela! Eu estou muito orgulhosa de você..." Nessa hora, o mundo parou. E eu continuo a pieguice prá dizer que, quem conhece a minha mãe sabe o tanto que ela é econômica em tudo, até no amor, só não é na sinceridade que mais parece um caminhão desgovernado.
Daí, de um coração em fim de carreira, vi surgir na minha frente um coração restaurado, vermelho vivo, ressuscitado...Ela me salvou de mim mesma e do meu drama sem sentido.
Eu que perco meu tempo homenageando um amor walking dead e não correspondido, hoje, vou usar esse espaço de maneira decente. A homenagem é para a mulher mais incrível que eu já conheci. Todo o meu amor é pouco.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

lindsay lohan

Alfaia, noite linda ontem! Arrasa sempre meu amor...Pára de colocar idéia na minha cabeça! Se ele quisesse já estaria aqui e ponto. E hoje em mais uma ressaca macabra, escovando os dentes prá vida real toca na rádio essa pérola... fiquei desconcertada prá encarar o dia... como fazer?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

oceano

Do silêncio da minha meninice, lembro o fundo da piscina olímpica. Minha quase nudez inocente passeando flutuante e mergulhante na solidão perfumada de cloro. Cabelos petrificados e olhar meditativo. Todos os dias antes da escola eu namorava aquele viveiro de peixe. Eu era o peixe...saudade.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

5 certezas do dia

- comprar agenda urgente,para não ser engolida pelos eventos que se seguem;
- as drogas lícitas estão acabando com a minha pele de veludo;
- já fui modesta um dia;
- o amor não serve para pagar as contas, lavar uma louça, resolver problemas trivias, mas serve prá ocupar o coração com esperanças no impossível e pertubações de vários níveis;
- verde me cai bem

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MINHA LISTA DAS "MAIS MAIS" DOS ANOS OITENTA TEM NINA HAGEN NO TOPO. COM DOZE GANHEI O VINIL DO MEU TIO. DIVA.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


para meus fantasmas ofereço essa versão estranha de uma das músicas mais lindas de todos os mundos

coquetel molotov

me lancei em todo o álcool do universo prá ver se minha mandíbula parava de doer. Alimentei minha bronquite com cigarros de cereja. Não fumo. Penso bastante como alguém pode gostar de algo que subtrai o sabor e o perfume de tudo. Quero minhas papilas gustativas de volta. Comi. Bebi mais um pouco. Churrascos são grandes encontros antropológicos: trocas de histórias surreais; excessos que salvam trabalhadores oprimidos; flertes; trocas de telefone... Qual é o meu nome mesmo?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

doce de verdade


Posso estar só
Mas, sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah, nem! Ah, não! Ah, nem dá!
Solidão, foge que eu te encontro
Que eu já tenho asa
Isso lá é bom, doce solidão?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

dois guris de 7 mais ou menos, sentados nos degraus da pequena escada de saída do baú arriscando suas curtas vidas felizes. Sorridentes e suicidas numa relação de tapas e socos que meninos fazem com tanto talento e eu só pensava em liberdade (e na possibilidade trágica de um deles soltar a mãozinha do cano de ferro e sair voando para sua desdita). As mães das criaturas não estavam ali e nem um outro cuidador em sã consciência deixaria seu rebento (postiço ou não) dando pinta prá morte. O fato é que fazer o que se quer, ir para onde o coração manda, ouvir as próprias necessidades entre outros luxinhos são as coisas mais deliciosas de todos os tempos, pelo menos , prá mim. Mas...dói. Parece que ser livre de verdade está associado a dizer mais "adeuzes" a deixar tudo ir ao sabor do vento. O tal do desapego. Ando deixando tanto as coisas irem que fica uma impressão triste de que não tenho nada. E é assim,acho de verdade que não temos nada. Consigo viver desse modo, porque se quero ser livre, tenho que deixar o mundo ser livre também.
PS: Hoje terça, não te vi e tenho uma confissão prá fazer. Senti uma saudade dessas que dói os ossos. Então essa música é um presente e um contrasenso. Saudade é apego?!Ah!!! Hoje não vou fingir nada. Hoje vou deixar essa dor ser a dona do pedaço. Mas, só porque eu quero. Só um tiquim. Dane-se.
Achei essa versão muderninha menos dramática que a do Prince. Revela meu momento leve. A letra é engraçada (os pombos).

domingo, 21 de novembro de 2010

parte da minha sombra consiste na minha vaidade. Gosto de ver meu nome escrito aonde doei meu coração, porque não saio de casa sem me doar. Antes, me desculparia por se tão vaidosa ou exigir meu nome onde acredito que ele deva estar. Agora, penso que até prá ser menos vaidosa, preciso reconhecer que sou vaidosa prá caramba.

vaidade
[Do lat. vanitate.]
Substantivo feminino.
1.Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro.
2.Desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens.
3.V. vanglória.
4.Presunção, fatuidade.
5.Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

perfect day

se hoje eu pudesse escolher seria assim: abraço apertado na Alfaia e longas conversas sobre a vida, olhar Isadora brincar, ouvir as histórias de Davi, me encaixar no pescoço da minha mãe, assistir futebol com meu pai, tomar uma taça de vinho com Mãoze e Dani, jogar futebol de botão com Lu e Lê, apertar meu gato mamão até ele me morder, comer churros de chocolate com Brasil, assistir um filme de terror com Camilo, visitar tia Mõnica e constatar que ela está ótima, visitar Lili e Sophia, ouvir tio Cláudio tocar violão, assistir scooby doo,ver o por-do-sol da janela da minha casa, ouvir os conselhos da maravilhosa Lúcia Mécun, tomar um café com Mari Pi e bailarina Punk... A ordem pode variar porque todos são mega importantes na minha vida...Dormir, dormir, dormir e dormir. Ao invés disso vou colar 40 pares de orelhas de lebre maluca e me embebedar enquanto a cola quente esquenta. Pãtaquep...

domingo, 14 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

batatinha quando nasce

quero ler poesia em voz alta, daquelas que entram sem esforço. As que o Quintana diz que salvam um afogado. Quero me embargar de água sem lamúria, só prá ver se a dureza que se instaurou é passageira. Só prá testar esse bem estar desconfortável. Estou desconfiada de mim.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

hypokrités

hoje , terça, não fui, então não deu prá te ver escondido, fingindo que não me vê. Também finjo que não te vejo, finjo que não me abalo, finjo que não finjo. Tanto fingimento assim dá até dor de cabeça. Aí me assusto com tanto talento prá me enganar, logo eu, que sou muito meia boca para enganar os outros.

domingo, 7 de novembro de 2010

ainda odeio espinafre

pés, mãos, cabelos...tudo grudando de cola branca. Feliz. Cansada. But,tenho que fazer o que tenho que fazer. Ouvindo Led Zeppelin. E eu nunca gostei dessa banda. Odeio o cabelo do Robert Plant. Revendo meus "pre-conceitos" baseados em intolerâncias levianas (ou não). Já como coco ralado sem associar com sabão em barra, já escondo o brócolis no meio do feijão. Sou capaz de comer uma pratada de sarapatel. Ouvir Linkin Park e não ficar com asia. Falta me apaixonar por alguém que fume e use mullet e ouvir Janis Joplin sem ficar penalizada. Quanto ao Caetano, ainda acho um saco, mas,pelo andar da carruagem, ano que vem vou ser sua maior fã.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

dia de cão

samba doido! Cabeçadas na parede. Me perguntando muito se certos excessos são necessários...eu que sou hiperbolicamente barroca. O mundo está só começando! Vou tomar um polivitamínico e respirar fundo prá não dar na cara de ninguém...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

inimigo imaginário

toda vez que me comparo com o outro, me perco de mim. Daí, um desespero grita como uma sirene ininterrupta: VOCÊ ESTÁ PERDENDO ALGO. A OPORTUNIDADE DA SUA VIDA. E isso é território do outro. A minha identidade fica anêmica. Meu caminho fica embaçado. Nego a minha trajetória. Tudo que escolhi prá mim é colocado em xeque, porque olhei para o lado e supus por alguns instantes que minha vida está atrasada ou obsoleta em COMPARAÇÃO a vida de alguém. Não há o que temer quando o próprio inimigo é aquele que te espreita no espelho ao acordar. O "outro" sou eu, mesmo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

queen bitch

se eu te der o número do meu ap, será uma viagem sem volta baby...então, para de me atazanar. Aqui, só entram estranhos solteiros e os amores da minha vida.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

punch

entre o soco e o alvo tem todo esse percurso moroso. O braço é reto e sai da altura do queixo. É nesse momento onde me encontro. No ponto em que emerge um rancor cheio de medo. Medo de não sair do conforto. Medo do confronto com o alvo.

sábado, 23 de outubro de 2010

cefaliv

esse coro feliz e ensaiado ao fundo e a minha ressaca monstra. É um enfado provocado pelo excesso de prontidão. Eu não bebi. Hoje não. Ontem também não. A vodka está em falta comigo. Essa amiga de crime. Essa água nada benta que tantas vezes entorpeceu minhas perturbações. Assim, à seco, é difícil engolir essa vida feita prá gente desistir. Mas, a temperança parece fazer parte do aperfeiçoamento. Será?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

fide

enredada em propostas fadadas ao fracasso. É um teste de fé. Continuar...regressar...Quando penso que toda escolha é uma bomba, fico imóvel. Na dúvida, não se mova. Desisti dos oráculos safados e suas respostas salvadoras. Não há um conselho certeiro e barato capaz de me tranquilizar. No fundo quero ser flecha. Melhor, quero ser um touro: bravo, assertivo, decisivo e resoluto.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

sincerocídio

hoje cometi uma série de erros, uma sucessão de palavras sinceras e impensadas que poderão reverberar muito mal. As vezes parece que eu tenho que dizer. É um vômito descontrolado. Uma incontinência verbal absolutamente suicida. Torcendo muito para que chamem a minha imbecilidade de ato irreverente e eu pare enfim, de me mortificar...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

colírio

meus olhos ardentes de conjutivite deviam estar descansando agora, mas, o vício pelo movimento e pelo belo me impedem de parar de olhar. A imagem hoje, impera e eu, confesso, me deixo seduzir por qualquer beleza mequetrefe. Me afundo em miragens vazias, me deixo levar por quase tudo o que é harmônico e esteticamente estereotipado. Só hoje... só por hoje.
Na minha ingenuidade de criança, eu imaginava que as pessoas bonitas eram meio santas, meio alheias ao erro, alheias à sombra, feito Dorian Gray... Mas, assim como em Dorian Gray, a sombra ESTÁ em algum lugar... SEMPRE

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Qbôa

agora, vou unir todas as cores nesse branco de água sanitária. As letras continuam negras como quando se apaga a luz. Desse modo, não fico cega nem pelo excesso e nem pela falta de iluminação. Minha vida está desse jeito, sem dramas, preparada para o tombo, tendo em vista que não me vejo construindo fantasias com relação a nada. Daí, te ver de mãos dadas com outra, não me choca, mas, me remete a quando você segurava minha mão. Tentei lembrar da temperatura, da cor, do suor e aí doeu. Porque esse esforço veio acompanhado de cheiros e tudo mais...Me permiti essa leve tortura que só acontece quando se trata de um desses amores adormecidos. Eu quis te dizer "seja feliz" , só que eu não quero nem "desquero" isso...Meu desejo é que você não cruze mais o meu caminho e que minha vida continue assim, branca com letras negras boiando nesse mar de incertezas deliciosas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

tássia megalomaníaca

com a cabeça enfiada no umbigo me pergunto se sou uma pessoa apresentável. Eu não quero ser apresentável. Quero superar todas as expectativas e achincalhar o mundo com uma imprevisibilidade hedionda.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

debaixo do sofá

ainda bem que eu moro ao lado do samba e não ao lado do rock. Isso permite que eu não me consuma em drogas lícitas e vire mais um zumbi da 14. No entanto, esse som de chorinho me faz lembrar minha ex aliança de casamento voando pela janela em câmera lentíssima. Ela foi comprada com a venda de uma flauta transversal que tocou muito Chiquinha Gonzaga e outros choros xaropes. A história é românticamente mexicana e bela. Quem terá achado a aliança com as juras falecidas? Para onde vão tantas promessas? Elas ficam nos mesmos lugares que os pares de meias solitários? Que as borrachas perdidas? Os grampos enferrujados? As tampas de canetas bic? As coisas inúteis?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

aorta

um colega noivo, meio cínico, e pelo visto, meio burro, veio questionar a afirmação que eu tinha acabado de proferir depois de uns goles de cachaça da casa. Falei que só o amor não bastava para duas pessoas ficarem juntas. Quase todo mundo sabe disso, mas, ele me olhou como se eu fosse algum tipo de oráculo, talvez, julgando que eu soubesse a resposta, por ter ficado tantos anos nesse estado de espírito. Sorri e completei: se você não sabe disso, está em maus lençóis.Clichê. É tão engraçado...toda mesa que eu sento tem sempre alguém que me usa como fonte de pesquisa para assuntos desse nível. Piada do universo. Enquanto isso, vou deslizando nas ruas do crime, atravessando incólume. Meu coração hiberna junto com o Zé Colméia na floresta de Jellystone.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

mirante

à direita bate um sol fininho e cáustico, à esquerda a mãe alisa as mãos e os punhos rapidamente nas mãos da filha meio cega e meio muda. Os gestos ficam cada vez mais elaborados e ligeiros. A conversa segue animada. Quero entender o que se passa, então fico futricando com meus olhos assimétricos esbugalhando tudo ao redor. O mundo anda me encantando de um jeito...a cena continua. A doçura e o cuidado me fazem pensar na minha mãe. Ela não é doce. O que estará fazendo agora? Minha mãe é um mistério insolucionável.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

sei lá porque

moto ou camelo? De moto, tenho medo, de camelo tenho trauma. Carro urgente. Por enquanto vou de buzão. O das 17:50 (grande circular) é pilotado pelo Cary Grant do cerrado. Apelido que dei depois de observá-lo com cuidado(rima miserável). Uma beleza elegante que só dura o tempo da próxima patada. Bofe chucro, trata mal tudo que se move, inclusive o próprio ônibus. A sua fúria juvenil (chuto uns 23 no máximo)é rapidamente distribuída aos demais presentes no baú. Eu sempre saio angustiada e tonta.
Queria um dia entrar no ônibus do jeito que o Elliot do ET entra no laboratório da escola. Bêbada cambaleante, caindo nos braços do motorista assassino e dando um beijo desentupidor de pia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Lebre de Março

daqui a 18 dias faço 35. Não sei porque lembrei. Nunca lembro dos meus aniversários. Mas, acho que essa reflexão aconteceu depois de recordar meus cinco anos... Período em que eu gostava muito de brincar sozinha. Percebi cedo que nem sempre ia ter alguém disponível ou afim de brincar comigo. E que isso é ok.
Hoje, entendi que eu realmente gosto de ficar só. É prazerozo. E veio como resultado de um período de trégua entre eu e meu coração. Me orgulho de não ter fugido. Apesar dos dias em que não quis levantar, em que pensei que jamais ia amar de novo e outras bobagens que passam pelas cabeças dos seres egocêntricos, enfurnados dentro de si e da própria dor. Tive medo, mas, fui sozinha. E tenho amigos. Precisava ir só prá entender que certas coisas e a maior parte delas, tem de ser feitas e aprendidas sozinhas. Não tem amigo, nem mãe, nem irmão, nem pai que faça por nós. Daí, ficamos fortes prá compartilhar nossas vidas com os outros.
Deu prá entender que ao meu lado só andam os corajosos e pacientes. Prá aguentar meus chás de sumiço. Minhas pirações...
Acho tão lindo minha habilidade de não substituir as pessoas. Quando elas se vão, a casa cai. Sobram enormes buracos. Mas, entendo quem substitui os outros. Medo de ficar só. Prá esses eu digo o clichê barato (que eu realmente acredito): somos nosso melhor amigo e nosso pior inimigo.
Acho que esse ano vou lembrar de cada segundo do dia do meu aniversário. Daqui a 18 dias, às 19:30, nascerei com um sorriso menos ingênuo, menos aberto, menos gratuito, mais inteiro, mais focado, mais sozinho, mais duro, mais feliz.

domingo, 5 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

hoje eu chorei quatro lágrimas, mas, eu queria ter chorado um rio. Só deram quatro porque eu bebi pouca água e é época de seca. Pouca água prá desfazer minha mágoa e transformar tudo isso em oportunidade...amanhã encho a cara!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Canção pra dançar sem par




toda vez que eu assisto o Canção, eu choro... é assim: eu já sei tudo o que vai acontecer porque já estive por trás da história dando uma ajudinha para os donos da "brincadeira". E foi tão lindo e divertido porque todo mundo (Andrea Alfaia, Arthur Tadeu Curado, Patrícia Marjorie e Marcus Vinícius) me fez ficar à vontade, como se tudo àquilo também fosse meu. Mas, ainda assim, eu choro! Bem antes disso, eu já chorava com a primeira versão. O fato é que o espetáculo me pega sempre. O Antunes me leva com ele e eu me percebo apaixonada e enredada num "antigo" amor já superado (?)...
Infelizmente não poderei revê-lo, mas, recomendo muito. É um elixir de coisas boas. Identificação pura, sem medo de ser feliz! Quinta e sexta(2 e 3 de setembro), dentro do Cena Contemporânea, na 508 Sul, 19h.
http://www.cenacontemporanea.com.br/locais_008.html

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

idiossincrasias

um comichão misturado a uma nóia inexplicável é o que sinto quando o relógio indica seis da tarde. Detesto esse horário. Não há tarefa que eu sinta vontade de realizar, nem boca que eu queira beijar, nem sexo do bom que eu queira fazer, nem a melhor comida do mundo prá comer. A não ser que eu esteja sob o efeito de psicotrópicos, qualquer proposta feita nesse horário será sempre um programa de índio, uma roubadinha ou pegadinha do malandro. Agora, deu dezoito e trinta, viro outra, e essa outra que eu viro, está pronta novamente para viver. Desde dos sete sou assim. Estranhíssimo.

domingo, 22 de agosto de 2010

comédia

às vezes, a sensação de não pertencimento é chata e beira a paranóia. Rafa de 7 anos chegou prá mim super sério e disse: "tia, aonde eu pego um ônibus para a Austrália?" e eu: "Oi?". "Quero ir para a Austrália". "Porquê?". "Ninguém pára de me perturbar nessa sala. Eles falam sem parar. Acham que eu sou bagunceiro.." "Mas, tu é bagunceiro." "É eu sei! Mas, e daí? Eu quero ir para a Austrália". "Me leva com você?". "Tá".

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Julieta

um mundo novo se abre toda vez que alguém que eu nunca ouvi falar resolve depor a favor de sua própria história. Caminhei com uma aluna do ensino médio das 900 até a W3. O tempo exato prá falar de assuntos que envolvem o clima, as baladas de sexta e outras frivolidades. Mas, o que eu ouvi foi uma tragédia cinematográfica, dessas que não combinam com gente tão jovem. E ela falava de si com tanta leveza... Seus 16 anos ainda estavam alí, brilhando. Bonita que só, chega a dar aflição. Se despediu com um "Tchau professora! Até semana que vem" E eu finalizei com um aceno. Falar o que prá essa criatura? Obrigada!?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

hare hare

na casa nova, ouço na janela do banheiro uma sanfona bonita e um canto hare krishna entoado por uma voz de anjo. Escovo os dentes imaginando se a moça é tão bonita quanto sua voz. Quando ela toca sem cantar, lembro de Amélie Poulan e suas aventuras otimistas...É tempo de descer três lances de escada e me lançar em mais um dia. Que seja belo como promete.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

peregrina

minha primeira vez no templo budista da 16 sul foi marcada por tanto materialismo que chego a ficar levemente constrangida. Fui atrás do "melhor yakisoba da cidade" e também para exorcizar meu trauma no samba. O que deu prá perceber é que além de lindo e cheio de adolescentes que se reunem anualmente no kodama (adoro aquelas orelhas falsas de pokemón) Buda não gosta que a gente sente nas escadas de seu templo! Eu sento nas escadas das igrejas católicas, nos meio fios das protestantes e me escoro no muro da mesquita, mas sentar na escada bu(n)dista não pode. Talvez Jesus e Maomé estejam de férias. O que eu mais gostei foi do pirulito de refrigerante com um bichinho dentro fazendo posições exquisitas. O cabinho era de chiclete. Adoro essas ousadias japonesas. Absolutamente mundanas. E aqueles jovens tocando tambores é tão lindo... As meninas parecem bonequinhas e os meninos com pança de cheetos e cara de sumô. Saquê a dois reais (thanks Lord!!!). A moça do bar virou minha amiga e eu tô pensando seriamente em frequentar o A.A.

domingo, 15 de agosto de 2010

doente do pé

agora, quando alguém me chamar para o samba vou dar uma negativa categórica. De samba só entendo de catira.

sábado, 14 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ZZZZZZzzzzzzzZZZZZZzzzzzzzz

coisa louca dormir pouco. Fico flanando como se andasse na lua o dia inteiro. Carregando meu corpo pesado numa agenda tão apertada quanto um buraco de agulha. Os olhos ardentes cheios de areia não brilham de paixão, mas, de saudade da minha cama deliciosa. Bom demais quando a única coisa que falta é uma noite de sono. O resto é silêncio. (E muita paz)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

pequenos luxos de uma vida sem tragédias

agradecendo o glamour do passeio entre as belas árvores da W3, meio litro de Lua Azul, esfihas fabulosas e a carona até o trampo. O melhor do dia: Alfaia.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

música do dia

APAIXONADA POR MINHAS PAREDES. ENTULHADA POR CAIXAS DE LIVROS. MEUS TESOUROS. DELES NÃO ME DESFAÇO. DE RESTO, TUDO AQUI TRAZ A CERTEZA DE UM COMEÇO NADA MANJADO. DE ANTIGO, SÓ ALGUMAS ROUPAS DE BAIXO. MAS, ISSO É FÁCIL DE RESOLVER. QUE VENHA O NOVO. ESTOU PRONTA. JÁ.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

quinta-feira, 29 de julho de 2010

aspirina

hoje apareceu esse banzo, do nada, feito nuvem branda... aqui desde a hora do café... é daqueles que encolhe o coração até virar fruta seca: doce e feia. Tem dias que nada faz passar esse encafifamento sem sentido, essa falta deslocada, essa vontade de abraçar o vazio...deve ser o cansaço.

música do dia

segunda-feira, 26 de julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

simplice

caminhando pela cidade essa manhã, em direção ao meu futuro endereço, sou assaltada por um pequeno redemoinho de poeira terracota. Um vermelho chique capaz de rachar a pele mais forte e bem tratada. Me lembra férias antigas e livres nos subúrbios de Taguá. Cabelos selvagens e pés descalços revestidos por uma pele de crocodilo pré-histórico. As ventanias de folhas secas... Gosto tanto de terminar o dia passando os dedos entre os cabelos cheios de folhas...luxo só.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

nada é banal

Ficar sem a dona Dilma me obriga a colocar em prática todos os dotes domésticos que minha progenitora mineira, de forma ambivalente, negava e aceitava me ensinar na mesma proporção que suas convicções feministas oscilavam. Pre-gui-ça de enfiar a mão no detergente e estragar minhas unhas preto-sépia. Como diz meu pai nordestino: “tu nasceu prá ser madame”.
Pois bem, minha louça é o monte Everest do Distrito Federal. Eu ligo o rádio pra ser salva por alguma distração que me tire dali conscientemente. Fodam-se os preceitos budistas do “aqui e agora” (pelo menos por hoje) e a postura meditativa diante das tarefas mais árduas do cotidiano.
Quando menos espero, toca uma dessas cantoras de voz grave me dizendo que viver de migalhas de amor é que é o lance. Oi ??? O Cazuza cantando algo parecido, ainda vai. É o Cazuza. E o Cazuza podia quase tudo. Menos morrer. Além disso, ele era rico e ao que tudo indica, tinha amor de sobra em casa, e amor-próprio até demais. Normal ele querer experimentar relações que já nascem subnutridas, algo novo prá ele. Elocubrações. Como eu disse, era o Cazuza...
O fato é que é triste demais se relacionar com alguém que não se relaciona com a gente. Triste em qualquer tipo de relação. A gente se entrega e o outro se economiza. Prá que inventar que está se relacionando? Se enganar e enganar o outro? E prá quê fazer apologia a esse tipo de coisa em uma música? Fetiche? Não creio. Parece baixa auto-estima. Em todo caso, quem gosta de migalha é pombo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

guerra de canudos


hoje no mercado, fui seduzida por uma bela forma de acabar com o mundo. Canudos fluorescentes imitando a moda oitentista (que só não é pior que a de 90). Polipropileno em sua pureza literalmente infinita... Luisa, Letícia, Isadora, Davi, Bernardo e Cia. merecem canudos biodegradáveis.
P.S: não tive coragem de comprá-los.

sábado, 3 de julho de 2010

música do dia



"It's so lonely in this place,
so cold I don't believe
and theres no one knows my name

It's easy to pretend
It's easy to believe

There's a shadow on my wall
It dances like my soul, dances like my soul

It's so cold now, i swear it will be warm
Here she come now. "

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

vende-se conselhos

toda cicatriz é um dilema. Eu bem que quis avisar. Proteja a ferida do sol. A cegueira comprometeu o seu estado de espírito. É inevitável. Desabotoa e arruma a camisa. Ela está assimétrica. Não causa boa impressão. A umidade não é recomendada para cabelos oleosos. Em todo caso, mude. Esta camisa definitivamente não lhe cai bem.

terça-feira, 22 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

when pigs fly

posso perder o bonde,o ônibus, o metrô, o grande amor da minha vida, o trabalho de todos os tempos, o respeito de alguns, a sobremesa desejada, o trem, a classe, a fome, o cabelo...NADA é mais importante do que a minha saúde e ponto final.

domingo, 13 de junho de 2010

sábado, 12 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

trava-língua

tem aquelas palavras que eu fico sonhando com o dia em que irei usá-las de alguma forma, mas, quando chega esse dia fico frustrada e me achando uma farsa... como falar algumas frases sem parecer uma idiota, ou uma péssima oradora, ou uma atriz medíocre? Ou uma canastrona. Não basta acreditar! “Ai que morro”; “Oh!”; “Ai que me matam”; “o gigante sobrepuja qualquer homem”; “Oh, ingrato!”. (Pensando seriamente em fazer um curso de oratória na Assembléia de Deus).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

germanu

Hoje abri um email que mudou a minha vida. Assim mesmo, sensacionalisticamente falando. Mudou e me deixou muda. Depois caí em lágrimas mexicanas, dessas que soluçam e dão pena de tão patéticas. Uma pessoa que quase nunca fala comigo, mas, sei que me ama de verdade, resolveu se manifestar mesmo que, indiretamente, utilizando-se de palavras alheias. E eu lendo aquilo que outra pessoa escreveu, mas, que essa pessoa aparentemente queria ter dito pra mim... Tão lindo.
Criatura tímida e reservada sofre da mesma introversão a qual tento me livrar desde o pré-primário. É fato que meus sorrisos sempre vieram fáceis e largos desde a barriga da minha mãe (uma falsa extroversão que mais parece uma parte de mim que nunca conseguiu ser infeliz de verdade), mas, depois vinham palavras entrecortadas resultado de uma alma trêmula e fantasmagórica...e no futuro, vieram palavras coladas umas nas outras como vindas de uma maritaca viciada em anfetaminas. Após uma vida de vários frios na barriga, boca seca, mãos suando, alergias e trimiliques, sei bem o que significou pra essa pessoa expor seus sentimentos. Os sentimentos não mentem, podem nos enganar, mas, não mentem. Já os pensamentos, não sei... Aqui mesmo é local de esforço, de exercício heavy para que eu mesma não saia apagando tudo. Mas, voltando ao que interessa, esse discurso enviesado é porque essa pessoa, provavelmente não vai ler o que escrevi pra ela, entretanto, gostaria mesmo assim que ela soubesse que apesar de nossas enormes não semelhanças, seu lugar em minha vida é santo. Camarada de guerra, eu sempre vou amá-lo um amor de sangue!

sábado, 5 de junho de 2010

não há nada como os primeiros sabores...

O único diário que tive além desse, era abarrotado de insetos mortos que eu encontrava. Colava por ordem de importância dial. Besouros esmagados, baratas voadoras, borboletas exóticas e até um escorpião suicida. Usava durex vagabundo e jogava todos os perfumes existentes na casa inteira, inspirada nas técnicas egípcias. Mas o cheiro de podre se tornava pungente a cada segundo. O que possivelmente, não ocorria com as múmias. Logo, tive que me livrar do caderno de ocorrências mais legal de todos os tempos. Assim eu me lembro dele, assim eu pensava nele. Cada jornada importante rumo ao quintal e as ruas, ali representada, nomeada e petrificada, em decadência, virando pó e me pressionando ao desapego. Como essas palavras grudadas aqui. No outro dia já deterioraram, já ficaram inapropriadas, piegas e irreconhecíveis. Às vezes se tornam inúteis e ultrapassadas no mesmo dia, na mesma hora... O fato é que, de quando em quando, sinto saudade do meu primeiro diário. Do segundo diário sinto apenas uma necessidade honesta, pedagógica (e egóica) de aprender sobre mim mesma, a única pessoa que, em tese, conheço melhor.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

narcisóide

gostando da sala vazia. Do espaço todo pra mim. Ensimesmada com minha pele brilhante.

sábado, 22 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

rock mendigo




Iggy, você é um contra senso no meu mundo caipira (quase acredito que sou cosmopolita). Você é o único que me faz ver algum sentido na calça de lycra. O único que me faz querer dar “mini-moshs” indiscriminadamente (de poltronas, cômodas, escadas, cadeiras...). O único que me faz querer pegar um lança-chamas e acabar com tudo o que tenho. O único que me faz querer casar novamente.
Sua decrepitude me excita... Não quero ser seu cachorro... quero ser sua múmia!

domingo, 9 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

patavinas


nesse mundo lotado , as vezes a gente fala qualquer coisa pra fazer voz...um volume doido cheio de vazio... pra acreditar que há existência um pouco aqui, um pouco acolá...pra encobrir o corpo empanturrado de silêncio

quarta-feira, 5 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

música do dia

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

benflogin+acebrofilina+radiohead = me enterra que eu já morri

segunda-feira, 3 de maio de 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

fartura


.fungos na geladeira;

.Roskoff sem gelo;

.cabelo;

.garrafas vazias;

.trabalho, trabalho, trabalho

.amém

música do dia

quarta-feira, 28 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

para você garota/o estúpida/o

um peixe não pode ser um cavalo. Nem camelo pode ser sapo. Simoninha não pode ser Miss.

quando uso as minhas palavras penso mesmo em gastá-las, sabendo das minhas limitações literárias e do coração partido que sou agora. Gasto e repito com gosto! Paraguaia, italiana e Itumbiara! Até ficarem transparentes feito as roupas velhas que a gente gosta de usar prá dormir. Porque depois de gastá-las, enjoar, ouvir os ecos das repetiçõe, vou rir e pensar ingênua, bobinha que sou: nem uma tsunami me derruba! Ademais, minha casa nova tem paredes pintadas com as cores que eu sempre sonhei e as pessoas que eu amo e amei, no meu mundo, nunca se tornam ordinárias mesmo optando por isso em suas vidas. Minha paranóia é fruto de areia movediça. Não enraiza em terras sólidas e férteis. Sou anacrônica, fazer o quê?

domingo, 25 de abril de 2010

música do dia

True love waits - Radiohead

And true love waits
In haunted attics
And true love lives
On lollipops and crisps

sábado, 24 de abril de 2010

a mula, o burro, o jumento e o guarda-roupa

hoje fica decretado que não há respostas aqui. Aqui não se sabe porque as lesmas dormem muito. Nem porque pintaram cavalos brancos ao invés de mulas nos quadros que retratam a proclamação da Independência. Não se sabe quem foram os primeiros reis que vieram antes de todos os reis que já existiram e nem porque alguns tubarões têm mais de 200 dentes. (Na certa, é para eles sorrirem melhor). Não se sabe porque algumas pessoas apaixonadas são capazes de passar vinte anos sem declarar o seu amor. E muito menos porque algumas pessoas gostam de comer pão com banana e queijo. Mais difícil ainda saber porque algumas pessoas rangem os dentes durante uma sessão de cinema.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Voluntária

ressuscitamento de cadáver grátis

domingo, 18 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

abrasivo

essas fantasias peversas que entram pelas frestas do ócio são tão irritantes... prezo uma vida com sims para sims e nãos para nãos. Realidade sem trambique e sem deserção.

Prá ferver na sala

domingo, 11 de abril de 2010

Música do dia

recado para Peter Pan

Peter, eu sei que você depila a barba com laser e faz balaiagem no mesmo salão que a Wendy. Nada contra. Sei que é para garantir essa pele de bunda de bebê e esse eterno cabelinho de anjo. Seria pior se você usasse bermuda surfista, fizesse hang loose e andasse de harley davidson por uma vida inteira. Sei que se comprometer com responsabilidades de um proletário também pode ser sacal. É bem mais fácil ser leve. Ser leviano então, humpft... moleza!
De fato, crescer é um drama. Mas, olha, achar que a sua versão de agora é a melhor de todos os tempos não é só pretensioso, é CHATO.
PS: Se cruzar pelo meu caminho, não precisa me cumprimentar.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Música do dia

Your Ex-lover is dead - Stars

"When there is nothing left to burn,
You have to set yourself on fire."

mundo novo

essa liberdade me faz crer que não há nada que eu não possa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

ruiva de ocasião

Wyborowa sem gelo, por favor!

meu amor, minha vida não é literatura. Quando dói, não há metáfora que faça parar.

Tarântula

a casa vazia é tomada pela chuva. Os respingos invadem delicadamente o assoalho branco. Os relâmpagos riscam o vidro fosco e abraçam as paredes como enormes garras de dragão. Logo tudo vai sendo preenchido com ruídos e o medo se transforma em lembrança. A festa se instaura. Os fantasmas dançam e se beijam apaixonadamente. Enfim, o céu limpo!

Criança

gosto desse raro momento em que não me reconheço em nada. Muitas reinvenções. Não preciso suprir nenhuma expectativa. Consigo sobreviver sem estímulos positivos. Vou cega e viciada em movimentos incessantes, desses que exgarçam o músculo e fazem doer o cérebro de tão frenéticos.

Música do Dia

Bat for Lashes "What's a girl to do?"

..."And my bat lightning heart
Wants to fly away"

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia de Alfaia

com champa, com água, com suco, com lágrima, com sorriso, com flor, com dor, com amor, com tudo que for...sua sempre.

sexta-feira, 19 de março de 2010

sobra de lágrima

acordar ao lado de alguém e estar com remela, cabelo desfigurado, hálito de cerveja, pijama furado, olheiras absurdas e entender que o outro não liga, por que está tão dentro da sua vida, tão entranhado, que não percebe. Até gosta.

quarta-feira, 17 de março de 2010

hiperbólicos

amo essas pessoas que não tem medo da lama; que choram na frente de qualquer um; que estrebucham de dor quando tem o coração partido. Fico encantada com seres efusivos que fazem festa quando vêem a gente na rua e pouco se lixam para o olhar torto dos deprimidos. Me orgulho dos tombados que levantam com classe e ajeitam suas coroas. Venero quem diz o que pensa com elegância e não teme reações.
Por fim, reivindico um mundo de Chacrinhas generosos, sempre prontos à distribuir bacalhaus e abacaxis.

terça-feira, 16 de março de 2010

Música do Dia

"Pictures" - Fábio Góes

Para Letícia

que TODOS tenham o luxo de estar perto das pessoas que realmente importam.

domingo, 14 de março de 2010

Musica do dia

Fábio Góes
"Sereno"

sexta-feira, 12 de março de 2010

O sonho da vida eterna

Minha anedota

Uma múmia brasileira adormecida, acorda com o latido de um labrador caramelo.
_O que é isso? Um camelo com pigarro.
Ela tenta levantar com dificuldade. Seu corpo está fraco, sente-se oca, sem sentido. Sua voz vem cada vez mais empoeirada. Tosse. Pensa em algo inteligente para dizer depois de tanto tempo alí, mumificada. Emposta a voz e dispara solene:
_ I'm empty!Va-zi-a, de-so-cu-pa-da, de-sa-bi-ta-da.
Tosse mais uma vez e liberta uma peste mortal.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Buu

Música do dia

No Balanço das Horas - Max de Castro

segunda-feira, 8 de março de 2010

truque

o melhor entre os piores sempre confunde muita gente.

Música do dia

"My Body Is A Cage"
Arcade Fire (Peter Gabriel)

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Apagável

Tudo tem memória enfim, meu caro. Honra minha coroa!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Música do dia

"Extraordinary Machine" - Fiona Apple

Desperdício

para cada lugar, uma tensão, uma lembrança partida... O sol na minha boca ilumina tudo. Agora, posso ver melhor o que não fiz por mim. É no interior das coisas que se vive...a grama por cortar, as madeixas a aparar, minhas unhas do pé não param de crescer... Deixe o mundo amanhecer e eu...amadurecer. Quando estiver pronta, que me enterrem de cabeça prá baixo para que eu possa ouvir os ruídos da terra, para que eu possa me emocionar com as raízes ao invés das flores. O avesso é raiz.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Formigas

...tenho inveja dessas pessoas e seus lugares sagrados. Da ilusão das coisas não corrompidas. Tenho vontade de entrar e pedir para que me convertam. Expurguem meus demônios. Eu realmente tenho inveja da fé das multidões.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

4 motivos para aquele último beijo:

- "nunca mais" pode não existir, mas, por outro lado, pode ser uma meta na vida de alguém;
- auto-ilusão;
- eternidade;
- prá sentir o real gosto da morte e enterrar de vez o cadáver.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quem é você agora?

Perto do fim te procurei nesse horizonte construído,
mas, só pude ver nossa planta e suas verdes folhas rumando ao sol.
Você agora é só você. Tão mais fácil meu amor...
E aqui, tudo mofado grita: obsoleto!
O que era nosso já não é.
Tomo minhas vitaminas e bebo para lembrar o quanto amar demais dói.
Te esqueço por hoje e volto a lembrar meia noite e um.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Adeus à carne

Espero um feriado de purpurina, serpentina e tudo o mais... Lágrimas cairão feito confetti numa histeria sem fim. Vamos nos rasgar, confundir, misturar feito um borrão de cores vibrantes nesse cerrado em chamas.

cafépreto

Acorda do coma. De tudo que te paralisa. Foco em tudo que te desafoga.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sol Negro


Lua

O sol apocalíptico queimando as bordas do meu corpo, me traz uma alegria perversa, um bem estar desconfortável. Vou cozinhando devagar sem nenhuma classe. Derreto em sopa, insossa e animada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pântano

Essa tristeza é um rio parado de fundo lodoso...um fosco sem fim. Nesse rio tem um corpo boiando: disforme, brilhante e faminto...I-na-bi-ta-do.
É um belo dia de sol.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Roma

Meu amor tem asas do tamanho que eu não consigo ver. Aberto no céu, não tem fim nem começo, só um ir e voltar constantes, um marear que deixa o estômago ansioso e feliz. Meu amor é um cachorro vira-lata que tem mais amor pelo outro que por si. É o amor que sinto por tudo e por nada. Roma, Roma, Roma.

Sem olhar prá trás


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Demônios

Vamos arrancá-los de nossos ossos. Cada reentrância contaminada. E mesmo que ajam cem milhões de tentáculos, mesmo que o veneno escorra em gotas seis mil vezes mais mortíferas que cianeto, mesmo assim, vamos expurgá-los de nós. Vão sair como fumaça roxa, demônios gozosos...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pra quê?

Preciso escrever os meus soluços. Repetir palavras sem pudor. Usar até gastar o meu vocabulário morto de fome. Enxergar nas palavras bobas o pouco de mim.