terça-feira, 7 de dezembro de 2010

as terças nunca serão as mesmas novamente

12:30 eu estava ao telefone, chorando que nem bebê segurando meu coração esmagado numa mão e sem nenhuma dignidade prá segurar na outra. Minha mãe do outro lado, tentava ser mãe à distância com a sua dureza peculiar. E eu dizia de um jeito imbecil "Terça é um dia ridículo!".Ela ouviu tudo, como sempre faz, sem emitir opinião, (como sempre faz)...até que soltou: "essa pessoa não merece exercer tanto poder na sua vida, coitado! Reza prá ele! Acende vela prô anjo dele! Que pena desse idiota..." E eu explicando que tinha muito ódio prá fazer isso. E ela dizia "é, é muito amor, sim...Difícil amar a pessoa errada Simone"... (Nessa hora lembrei do Cazuza, meu noivo de infância que se auto-intitulava "viciado em amar errado") "De vício eu tô fora! nem café eu quero mais!" E ela: "sabe, eu estava conversando com seu pai e disse prá ele, a Simone é a mulher que eu não fui e sempre quis ser. Esse ano foi dela! Eu estou muito orgulhosa de você..." Nessa hora, o mundo parou. E eu continuo a pieguice prá dizer que, quem conhece a minha mãe sabe o tanto que ela é econômica em tudo, até no amor, só não é na sinceridade que mais parece um caminhão desgovernado.
Daí, de um coração em fim de carreira, vi surgir na minha frente um coração restaurado, vermelho vivo, ressuscitado...Ela me salvou de mim mesma e do meu drama sem sentido.
Eu que perco meu tempo homenageando um amor walking dead e não correspondido, hoje, vou usar esse espaço de maneira decente. A homenagem é para a mulher mais incrível que eu já conheci. Todo o meu amor é pouco.

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