terça-feira, 23 de novembro de 2010

dois guris de 7 mais ou menos, sentados nos degraus da pequena escada de saída do baú arriscando suas curtas vidas felizes. Sorridentes e suicidas numa relação de tapas e socos que meninos fazem com tanto talento e eu só pensava em liberdade (e na possibilidade trágica de um deles soltar a mãozinha do cano de ferro e sair voando para sua desdita). As mães das criaturas não estavam ali e nem um outro cuidador em sã consciência deixaria seu rebento (postiço ou não) dando pinta prá morte. O fato é que fazer o que se quer, ir para onde o coração manda, ouvir as próprias necessidades entre outros luxinhos são as coisas mais deliciosas de todos os tempos, pelo menos , prá mim. Mas...dói. Parece que ser livre de verdade está associado a dizer mais "adeuzes" a deixar tudo ir ao sabor do vento. O tal do desapego. Ando deixando tanto as coisas irem que fica uma impressão triste de que não tenho nada. E é assim,acho de verdade que não temos nada. Consigo viver desse modo, porque se quero ser livre, tenho que deixar o mundo ser livre também.
PS: Hoje terça, não te vi e tenho uma confissão prá fazer. Senti uma saudade dessas que dói os ossos. Então essa música é um presente e um contrasenso. Saudade é apego?!Ah!!! Hoje não vou fingir nada. Hoje vou deixar essa dor ser a dona do pedaço. Mas, só porque eu quero. Só um tiquim. Dane-se.
Achei essa versão muderninha menos dramática que a do Prince. Revela meu momento leve. A letra é engraçada (os pombos).

Um comentário: