terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que querem os garotos

realmente eu não faço idéia. Definitivamente não sei nada sobre esse assunto, mas, posso elucubrar como todo ser humano apaixonado por homens. Eu quis muito gostar de garotas. Quem sabe um dia eu tenha essa sorte. Mas, voltando aos boys e ao ato de falar sem nenhum respaldo científico, posso afirmar sobre aquilo que vejo, porém todo mundo sabe que os olhos traem e são motivados, às vezes, por frivolidades, tais como a simetria e a beleza ordinária de alguns corpos que nunca chegarão a ser “humanos” ficando estacionados na “prateleira” dos objetos, porque assim o desejam, ou assim aprenderam. Creio mesmo que os olhos vislumbram ilusões da perfeição. Sendo assim, afirmo que, observando com a antropologia de boteco que me cabe, é possível perceber que, desde a mais tenra idade ao vovozinho da fila preferencial, os homens têm algo em comum: a necessidade suprema de chamar atenção de tudo que lhes inspira interesse, salvo, raríssimas exceções: os tímidos? Meu afilhado-sobrinho Miguel, com seus menos de 1 ano é um exemplo clássico: faz de “um tudo’’ para chamar atenção. Para ele, não basta ter aquela belezura, misturada com fofura diabólica. Ele sempre arruma um jeito de derreter todos os transeuntes (ou pelo choro assustador ou pelo gingado de bebê ideal. Ou seja, uma ilusão. Bem se sabe que bebês ideais não existem). Já os meninos da alfabetização sempre fingem que estão distraídos na janela da minha sala de artes, dando olhadinhas prá conferir se vou me lembrar de seus nomes. Os do ensino fundamental gritam, fazem palhaçadas e competem para ganhar títulos de melhores desenhistas. Os do ensino médio se gabam de suas façanhas tanto para o bem quanto para a zorra (os adolescentes em geral tem as mãnhas de caprichar no peito estufado e no olhar de ventilador demarcando a "possível"fama de poder) Já os chamados homens, não diferem tanto do resto. Continuam se vangloriando, mas, agora por caçar animais estranhos, bem como javalis e dinossauros... Meu terapeuta me pergunta quase toda sessão, qual é o cara "ideal" para estar ao meu lado AGORA, nesse exato momento. Porque ele sabe que eu já fiz muitas escolhas duvidosas, daí eu nunca sei o que responder.Isso me levou a pensar em personagens de filmes que seriam quiméricos, pois não existem em lugar nenhum (ilusão de novo), mas que, misturados ou mesmo separados, resultariam no meu ‘’partner in crime’’, ou melhor dizendo:“aquele que não existe”. Trata-se do personagem de Drive (sem nome e interpretado por Ryan Gosling) somado ao personagem de Secretary, E. Edward Grey (interpretado por James Spader). O primeiro é o boy que pouco fala e muito realiza. Mora sozinho e não depende dos cuidados da mamãezinha. Em outras palavras: não tem nada de mimado. Ninguém prepara o todynho dele. O tipo encantador que consegue saber, só pelo olhar profundo, do que a mina precisa. Ele é pragmático, mas, absolutamente sensível. Xucro, forte e decidido. Do tipo que é capaz de qualquer merda prá proteger a família. Ele mata, ele sangra, ele fode com tudo falando estritamente o necessário. Eu curto. Daí vem o E. Edward Grey, também falando pouco e observando muito, só que sendo o ‘’chefe’’, e submetendo a mulher que ele ama a jogos sexuais extremamente interessantes. Ele testa, humilha, manipula e na minha singela opinião, poderia transformar-se em um monstro não fosse o amor louco ao qual se entrega (o que resulta em cenas inesquecíveis e cafonamente sexies, culminando no banho mais lindo de todos os tempos) É simplesmente matadora a cena dele limpando a fofa e ao mesmo tempo, se redimindo. Eu me apaixonei pelos dois quando assisti aos filmes (maravilhosos por sinal). Quis os dois prá mim fácil. E se não desse para misturá-los eu os revezaria durante minhas tórridas semanas. Ai, ai...

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