cartografei meu corpo com lupa e desenhei um mapa pra não perder detalhes... E enfim, me aproximar do que eu sempre fugi: o esqueleto, as carnes, a pele, a sombra.
Fotografei cicatrizes, hematomas e a textura das camadas mais superficiais. Concebi defeitos e observei as tatuagens que a própria vida se encarregou de construir.
Percebi a imagem que não corresponde ao que desejam de mim e me permiti não ser estandarte de beleza padrão, ou qualquer outra bobagem parecida. Prefiro não me confundir.
Quero olhar no espelho e ver refletidas as veias, o coração pulsante, feito lagartixa albina: transparente figura-fundo. Digna. Inteira. Única.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
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