sexta-feira, 8 de março de 2013

8 de março

nunca pensei que ser mulher fosse ser poderosa, multiativa, fodona. Dessas maquiadas e bem vestidas que lutam com a celulite, malham preocupadas com a bunda e planejam peitos que custam o preço de uma viagem ao Caribe. Conseguem ser lindas, administrar filhos, boys, carreiras e mesmo com tudo isso, fazem tratamento de dente até o final.
Sofro pacas quando o assunto é expor meu corpo, porque minha relação com ele sempre foi estranha, conturbada... Algo como me sentir um hospedeiro em um lugar que não me pertence. E isso ficou ainda mais contundente, quando eu me separei e logo após, fui desprezada e trocada, numa história com um boy que eu  amava de verdade. Daí, tive impressão que  minhas questões não eram exatamente de gênero. Não sei o nome disso. Não saberia como classificá-las.
Nunca me dei bem com vestido e batom. E luto pra ser vaidosa. (Ainda não entendi porque luto).
O fato é que, o dia das mulheres deve ser lembrado até pra gente entender, que porra é ser mulher....
Percebo, que  não é pra qualquer um, talvez, nem pra mim.... Só atesto que é uma paulada tentar ser dona de si. Reconhecer-se um indivíduo livre. Eu por exemplo, tenho vocação pra ser só.
Honestamente,  não sei se essas observações tem a ver com gênero ou com manter traços humanos num mundo cada vez mais virtual e sem espontaneidade.

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